Brasil deve receber ainda neste mês insumos para fabricar 25 milhões de doses de vacinas.

Matéria-prima será usada para a produção de 18 milhões de doses da vacina da AstraZeneca e de 7 milhões da CoronaVac.


O Brasil deve receber ainda em maio insumos suficientes para a fabricação de 25 milhões de doses de vacinas contra a covid-19. O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, afirmou durante audiência no Senado nesta segunda-feira (17) que a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) deve receber até o dia 22, próximo sábado, dois lotes de IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo) para a produção de mais 18 milhões de doses da vacina da AstraZeneca. 

“A gente teria dois embarques confirmados, um para o dia 21, com chegada aqui no dia 22, e um planejado para o dia 28, com chegada aqui no dia 29. A boa notícia é que hoje recebi a confirmação de que esses dois lotes vão ser embarcados no dia 21 de maio, é uma quantidade suficiente para a produção de mais ou menos 18 milhões de doses", disse Cruz.

A Fiocruz havia sinalizado ter IFA suficiente para manter a produção da vacina até meados desta semana, o que garante a entrega do imunizante até a primeira semana de junho.

Além disso, o governador de São Paulo, João Doria, informou, por meio de um post no Twitter, que o Instituto Butantan deve receber no dia 26 de maio 4 mil litros de insumos para a produção de 7 milhões de doses da CoronaVac. A produção do imunizante está interrompida desde quinta-feira (13) por falta de matéria-prima.

“Boa notícia! O Butantan recebeu nesta manhã da China a previsão do envio de nova remessa de insumos ao Brasil para produção da Vacina do Butantan. A chegada do novo lote com 4 mil litros de insumos, capazes de produzir 7 milhões de doses da vacina, está prevista para o dia 26/05”, diz a publicação.

Transferência de tecnologia para a Fiocruz


Ainda durante a audiência no Senado, Rodrigo Cruz destacou que o Ministério da Saúde prevê a aquisição de mais 210 milhões de doses da vacina da AstraZeneca, sendo que a entrega de 50 milhões já está formalizada. A previsão do secretário-executivo é de que até o fim da semana ocorra a formalização de mais 50 milhões de doses.

“As outras 60 milhões de doses para completar esses 210 serão produzidos a partir de IFA nacional, o contrato de transferência de tecnologia deve ser formalizado junto com o contrato de aquisição dessas 50 milhões de doses, mas independente da formalização deste contrato de transferência, todo o processo já está em andamento e não fica prejudicado em seu prazo por conta da formalização”, garantiu Cruz.

Também nesta segunda-feira, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, visitou as instalações da Fiocruz, no Rio de Janeiro, e destacou como diferencial que o país tem estrutura para produzir vacinas com tecnologia totalmente nacional. “É a esperança para a população e para pôr fim à pandemia", disse.

Antecipação de doses da Pfizer


Em relação à vacina da Pfizer, Ricardo Cruz afirmou que o Ministério da Saúde está negociando a antecipação das doses contratadas. A intenção é pedir aos países que já avançaram na vacinação contra a covid-19, como os Estados Unidos e o Reino Unido, que façam uma troca do calendário de entrega.

“Como já temos alguns contratos firmados com esse laboratório, com uma entrega prevista para setembro, por exemplo, ao invés [desses países] receberem essas doses agora, o Brasil receberia (...) e as doses previstas para serem entregues ao Brasil em setembro, iriam para o laboratório. Temos conversado com esses dois países para ver se conseguimos acessar e antecipar a entrega das doses aqui no país", disse Cruz.

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