Descoberta de vazamento no núcleo do reator em dezembro levanta debates sobre segurança e transparência na gestão da usina nuclear.
Coluna Olhar Carioca/ Fluminense • por Carlos André.
21/02/2025 • 13:00.
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O Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto, em Angra dos Reis, no Rio (Tomaz Silva/ Agência Brasil). |
Em 25 de dezembro de 2024, um vazamento no núcleo do reator da usina nuclear Angra 2 foi identificado, mas mantido sob sigilo até recentemente. A nova gestão da usina decidiu postergar o reparo para a próxima manutenção programada, prevista para ocorrer em 12 meses. Embora não haja risco iminente de liberação de radioatividade para o meio ambiente, o manual da usina recomenda que "o reparo seja feito o mais rápido possível", o que exigiria o desligamento temporário da unidade.
Funcionários da usina, que preferiram não se identificar, expressaram preocupação com a decisão de adiar o reparo, afirmando que a segurança nuclear pode estar em risco. A usina tem operado em um modo "estepe" desde a descoberta do vazamento, o que indica uma operação em condições não ideais.
A Eletronuclear, responsável pela operação da usina, ainda não se pronunciou oficialmente sobre o incidente. Historicamente, eventos similares em instalações nucleares têm gerado debates sobre a transparência e a rapidez na comunicação de incidentes ao público e às autoridades competentes.
Especialistas em energia nuclear destacam a importância de seguir rigorosamente os protocolos de segurança e manutenção para garantir a integridade das instalações e a proteção do meio ambiente e da população. A decisão de postergar o reparo levanta questões sobre as prioridades da gestão atual em relação à segurança operacional da usina.
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