Em entrevista exclusiva, Régis Villar fala sobre vida profissional, novos projetos e vida pessoal.

O cantor e compositor falou também sobre as duas vezes que pegou COVID-19, além de sua recente participação no programa dominical Hora do Faro, na RECORD.

Entrevistas Exclusivas - Carlos André.
02/03/2024 - 00:00.
Régis Villar participou recentemente do quadro Pronto Para Fama, do programa Hora do Faro da Record. (Divulgação/ Arquivo Pessoal).


Na noite desta última sexta-feira (1º), o Portal Hora da Notícia conseguiu uma entrevista exclusiva com o cantor Régis Villar, enfermeiro por formação, cantor e compositor. O bate-papo exclusivo foi conduzido pelo jornalista Carlos André. Entre os assuntos abordados estão: a sua participação no programa dominical Hora do Faro, na RECORD e as duas vezes que pegou COVID-19 e sobre os reflexos que seguem-o até hoje.

O artista que é cristão, começou a cantar na igreja e toca violão e revela que sua irmã também já tocava alguns instrumentos. Natural de Feira de Santana, na Bahia, ele é filho de mãe baiana e pai sulista e ganhou notoriedade após cantar para os pacientes com COVID-19, durante a pandemia.

Veja a entrevista exclusiva abaixo:

1 – Qual foi o start inicial na sua carreira e no seu desejo de cantar?

Eu comecei a tocar na igreja, na verdade, eu sou cristão. Aqui na igreja evangélica, a gente sempre via o pessoal tocando e isso despertou em mim o desejo de aprender a tocar um instrumento. Eu aprendi a tocar violão e a minha irmã já tocava alguns instrumentos. O start inicial foi Deus, sempre foi Deus.

2 – Quem foi o seu maior incentivador (a) para você seguir nesta carreira?

O meu maior incentivador sempre foi Deus, eu sempre tentei fazer um som legal e de qualidade, acompanhar os outros músicos, então isso foi me motivando, além de sempre ler a Palavra de Deus para tocar bem e fazer algo especial.

3 – Você é enfermeiro por formação e durante a pandemia, você teve uma iniciativa incrível que foi cantar para os pacientes com a COVID-19. O que te levou a tomar essa decisão? Você acredita no poder de cura pela música?

Eu sou enfermeiro, sou bacharel. Depois que me formei, acabei trabalhando em alguns lugares, mas como sempre tive esse lado artístico, ele sempre bateu mais forte, eu comecei a fazer outras coisas, trabalhei em Santa Catarina com Agência de Moda. E quando eu voltei para a Bahia, após um tempo morando em Minas Gerais, na cidade de Uberlândia, decidi voltar a trabalhar na área, então como eu já era da igreja, a gente fazia ações e programas sociais. E a profissão de enfermagem, além de ser um trabalho profissional, é ser também auxiliador para as pessoas e dar o apoio psicológico aos pacientes. A cura vem muitas vezes da força de vontade, de você acreditar que irá ser curado e a música também traz o conforto espiritual que, às vezes, você não tem. E na pandemia, eu tive essa iniciativa porque a gente se via muito isolado e trancado, às vezes, meio que eu negligenciava um pouco, tirava a máscara, começava a cantar para os pacientes e para os próprios colegas de trabalho, incentivando todo mundo a curtir a dádiva de saber que estava vivo. Eu também cantava músicas evangélicas, chamando a cura por parte de Deus para as pessoas ali. Era muito bom!

4 – Você pegou COVID-19, como foi receber a notícia? Teve medo de morrer em algum momento? E, como foi o processo de recuperação?

Aí, eu acabei pegando a COVID-19 duas vezes, na segunda vez, o resultado demorou para sair e para me liberarem do hospital, por isso, eu passei mais de um mês trabalhando com COVID-19, obviamente de máscara por que eu sabia que estava contaminado por causa dos sintomas e sinais. Acabei passando muito mal e tive muitos problemas, tendo esofagite e quase perdi a voz, sendo que até hoje, eu tenho reflexos na minha voz, uma pequena abertura na voz. Mas, graças a Deus, Ele nos protegeu e estamos firmes até hoje. 

Medo de morrer por COVID-19, eu acho que todo mundo sentiu na pandemia. Eu sempre acreditei muito no poder de Deus e na força de acreditar que Deus só faz, se ele quiser e aí eu peguei a covid duas vezes, pela vibe de tentar recuperar e ajudar as pessoas e tinha medo de voltar para casa, porque eu tenho uma mãe idosa e um pai idoso e aquilo gerava um processo na minha cabeça. Eu chegava na garagem de casa, eu tirava toda a minha roupa e entrava em casa, praticamente seminu para tomar banho e ter o processo de desinfecção. Mas, graças a Deus, neste período, meu pai e minha mãe não pegaram a Covid-19.

A recuperação foi muito difícil, por conta de que não foi só passar um mês em casa, na verdade, depois que eu peguei a covid, eu tive férias, graças a Deus e foi esse período de férias que me ajudou um pouco na minha recuperação. Aí, quando voltei, eu não aguentava mais trabalhar e, por isso, decidi abandonar a minha profissão por conta disso, por conta da minha esofagite e problemas nas pregas vocais e fiquei com medo de perder um pouco da voz e passar por todo aquele processo de novo, eu nunca tinha feito endoscopia e tive que fazer o processo de endoscopia para tentar ver o que eu estava sentindo no estômago, tive várias dores inexplicáveis, teve momentos de sentir muita dor no estômago. Enfim, foram muitas coisas que passei, mas eu não tive nenhum problema respiratório, foi mais um problema gastroesofágico. Foi isso.

Basicamente, fiquei seis meses pra me restabelecer, até hoje, como disse anteriormente, eu tenho alguns problemas relacionados ao período que peguei Covid-19, mas não foi nada tão grave, graças a Deus.

Eu também um gasto muito grande no processo de recuperação, porque eu tive que tomar muita vitamina, meu cabelo caiu, por isso que eu digo que, até hoje, eu tenho reflexos na minha vida e tenho algumas entradinhas, aí meu cabelo caiu mais e foi o que me deixou triste e, por causa disso, também que decidi largar, mas enfim, são coisas da profissão. A gente também fica muito feliz por termos recuperado muitas pessoas, graças a Deus e restabelecer aqueles pacientes que estavam à beira da morte e vimos Deus indo lá e e operar milagres e nós estávamos lá para auxiliar.

5 – Recentemente, você participou do programa dominical Hora do Faro, apresentado por Rodrigo Faro, na a RECORD e competiu com duas grandes mulheres que também cantam muito bem. Como foi a experiência? Construiu uma amizade com alguma das participantes?

Na verdade, a gente sabe que essa coisa de reality e de competição é muito específico e de momento. Elas duas estavam no momento delas e ainda teve uma energia de Marília Mendonça, pois as pessoas ainda tem um pouco de Marília Mendonça, sendo que ela ganhou como a artista mais ouvida nas plataformas digitais, após dois anos do falecimento dela. A Nega Lu também cantou muito bem, tanto que eu fiquei bem impressionado com a voz dela e pra mim, eu estava no momento certo, no ambiente certo e eu não me vejo como um cara que perdeu alguma coisa, pelo contrário, eu só ganhei, pois só de aparecer na TV e mostrar o nosso trabalho, além das pessoas irem no nosso Instagram e ver que a gente vive da música, além do trabalho de instrumentista, porém, eu não pude tocar violão que era o que eu queria tocar na hora lá, mas mostrei a minha performance vocal e é esperar que as outras coisas aconteçam, temos gravação de meu novo EP neste ano e os participantes são meus amigos e, com certeza, vamos gravar algo juntos, foi uma experiência única e incrível, o Rodrigo Faro é uma pessoa super do bem. Acredito que foi o momento que Deus me preparou para o Brasil me conhecer e conhecer o meu trabalho e é isso que eu quero poder cantar e me expressar através das minhas músicas. Como costumo dizer, eu quero que as pessoas abram e realizem os seus casamentos com as minhas músicas, é um sonho meu, ou seja, eu quero que façam da minha música, a trilha sonora de um momento especial da vida delas.

6 – Régis, tem novos projetos em vista? Pode revelar um deles para a nossa reportagem, com exclusividade?

Então, tem a gravação do meu novo EP com músicas autorais, eu vou continuar algumas coisas de cover, que eu já fazia e voltei a fazer novamente com nova roupagem, com aquela questão do violão que eu sempre amei, que é o violão folk bem tocado e eu espero fazer que esse EP seja amplamente escutado, pois é um projeto muito especial porque é um projeto pós-televisão. Então, assim, eu acredito que as pessoas se conectem com alguma música minha. E agora eu vou sentar e começar a compôr músicas que possam tocar nos corações das pessoas.

7 – Você é muito ativo nas redes sociais e recebe muitas mensagens de carinho, como você recebe todo esse carinho de todos os fãs?

Sim, sou bem ativo nas redes sociais, e foi graças à elas que a RECORD conseguiu me encontrar. Tem indicações porque já gravamos em vários estúdios em Goiânia, já fizemos muitas guias para artistas top como Maiara & Maraísa, Luan Santana, Zé Neto & Cristiano. Também já trabalhei com produtores fazendo guias e graças a isso, a minha voz conseguiu chegar a lugares que eu não imaginei que chegaria e foram as indicações que me levaram até o programa. Essa questão dos fãs, eu lido muito bem e acho que temos fãs de todas as idades no nosso Instagram que é modesto, pois temos apenas três anos de carreira, graças a Deus e, depois que decidi começar a cantar profissionalmente, vi as pessoas começarem a me abraçar e é um processo natural, mesmo que esses processos sejam mais lentos.

8 – Sobre o rótulo de cantor galã, o que você tem a dizer?

Então, eu não gosto muito dessa questão de rótulo de cantor galã, pois parece que somos só um rostinho bonito e eu estudo música desde os meus 12 anos, sou instrumentista e tento tocar com a alma, imprimir a minha voz em lugares onde as pessoas não estão acostumadas a escutar, tanto que o Rodrigo me falou que eu tenho um timbre diferente, um timbre bonito e é justamente por isso, que estudei pra ter a capacidade de me conectar com as pessoas através do meu timbre vocal. Já recebi propostas de empresários para ser "macho alfa", sabe aqueles caras que faz clipes que as mulheres dão em cima e o cara tá seminu, aquela coisa meio clipe da Anitta? Uma vibe que não é a minha cara, gosto mais de coisa mais comportada, que possam ouvir a minha música, sou muito fã do Jorge & Mateus por conta disso.

9 – Você canta mais sertanejo, como foi essa sua conexão com o mundo do sertanejo?

O mundo sertanejo é muito bom, na verdade, a música popular brasileira é o sertanejo e sabemos que o sertanejo está em todos os segmentos do Brasil e muitas vezes tem ritmos diferentes de música sertaneja distribuídas pelo Brasil e a música sertaneja realmente tem o poder de unir os ritmos e as pessoas. O sertanejo tem essa vibe, eu gosto muito e toco muito e gosto do jeito de vestir, etc...

10 – Qual é o seu maior sonho no momento?

Meu maior sonho no momento é viver plenamente da minha música, poder cantar em locais diferentes, conhecer novas pessoas, conhecer pessoas que se conectem com a minha música de várias regiões do país e ver as pessoas cantando a minha música. Ver uma multidão cantando minha música seria um dia inesquecível que eu traria pelo resto da minha vida e é isso eu quero me conectar com as pessoas de alguma forma assim. Talvez esteja demorando, mas quem sabe lá pra frente a gente não consegue né?

11 – Qual conselho você daria para os leitores do Portal Hora da Notícia que querem seguir o mesmo caminho que o seu?

Primeiro, quero mandar um abraço para os leitores do Portal Hora da Notícia e é isso, a vida é sublime quando temos Deus no coração e entender que tudo é um processo em todas as áreas da sua vida, mesmo que você ache que nada está acontecendo com você, temos que manter a paciência, a persistência e o amor ao próximo também para não poder atropelar as coisas. Fazer as coisas da forma mais coerente possível, acreditando em Deus e dizer que tudo tem o seu tempo certo e que continue acompanhando o Portal Hora da Notícia e se identificar com os novos artistas que estão surgindo por aí.

JOGO RÁPIDO

Um livro?

A Bíblia, claro, é um livro maravilhoso que eu amo.

Uma música?

Me diz aí amor, uma música que eu escrevi, que tenho um carinho especial por ela e que ela vai explodir no momento certo.

Um filme?

A Lista de Schindler, um filme muito diferenciado que mostra os acontecimentos da segunda guerra mundial, do holoucasto.

Uma data?

25/03, o dia que chego em Goiânia, um dia especial e diferente.

Um cantor ou uma cantora?

Jorge, da dupla com Mateus. O Jorge tem um jeito especial de ser, um cara diferenciado e uma voz muito boa.

Estado Civil?

Solteiro 

Uma cidade?

Goiânia, uma cidade bonita, cheirosa, diferenciada.

Régis Villar é?

Um homem simples que ama o campo, ama ficar em casa, tomar um café e tocar violão, sempre.

Como sempre fizemos, queremos agradecer ao Régis Villar pela disponibilidade e tratar a nossa equipe com muito carinho.

Sucesso, Régis.

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