Governo da Rússia confirma a morte de Yevgeny Prigozhin, líder mercenário do grupo Wagner
O combatente, que era próximo a Putin, e outras nove pessoas estavam a bordo do avião, que teria sido abatido nos arredores de Moscou.
A informação da morte de Yevgeny Prigozhin foi confirmada, na tarde desta quarta-feira (23). (Divulgação/ Imagens de Internet) |
Plantão Urgente • por Redação HDN
Publicado em 23/08/2023 - às 21:50
O líder do grupo mercenário Wagner, Yevgeny Prigozhin, está entre as dez pessoas que morreram na queda de um jatinho na Rússia nesta quarta-feira (23), informou o canal afiliado ao grupo no Telegram. A informação também foi confirmada pela Autoridade Russa de Aviação Civil, um órgão equivalente à Anac no Brasil.
Dmitry Utkin, outro comandante do grupo Wagner, também estava a bordo da aeronave e não sobreviveu.
A Agência Federal de Transporte Aéreo divulgou a lista das pessoas a bordo do avião, que teria sido abatido pela Rússia, de acordo com o grupo Wagner.
São elas: Yevgeny Prigozhin, Dmitry Utkin, Sergei Propustin, Evgeny Makaryan, Alexandre Totmin, Valeriy Chekalov e Nikolai Matuseev, além do comandante Aleksei Levshin, do copiloto Rustam Karimov e da comissária de bordo Kristina Raspopova.
Yevgeny Prigozhin, de 62 anos, foi uma figura frequente nos noticiários, não só por sua atuação no front de batalha na Ucrânia, mas também por liderar um exército paralelo que tem influência em diversos conflitos ao redor do mundo.
Nascido e criado em São Petersburgo, assim como o presidente Vladimir Putin, Prigozhin era uma das faces mais visíveis da guerra. Com relações públicas agressivas e presença frequente perto da linha de frente, ele recrutou milhares de presos russos para lutar no grupo Wagner.
Além disso, o líder paramilitar era conhecido havia décadas como o "chef de Putin", devido aos contratos de fornecimento de alimentos de sua empresa de catering, a Concord, com o Kremlin.
Desafeto de Putin
Em 23 de junho deste ano, houve uma ruptura entre o grupo Wagner e Putin, então grandes aliados, quando os mercenários tentaram um motim contra o governo russo. As tropas paramilitares marcharam rumo a Moscou, chegaram a quase 200 quilômetros da capital russa e depois recuaram. Eles começaram a retornar para sua base, em Rostov-on-Don, após uma ordem de Prigozhin.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, confirmou que houve uma negociação, seguida de um acordo entre as duas partes, intermediado pelo governo de Belarus. Antes de o acordo ser firmado, Putin afirmou que a tentativa de rebelião foi uma "traição" e chegou a prometer uma "punição".
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