Barcelona entra em crise após saída de Messi e ainda deve ao jogador.

Ex-presidente troca acusações com o atual, enquanto ex-jogador, satisfeito no PSG, ainda tem a receber 52 milhões de euros.

Messi e Neymar treinam juntos no CT do Paris Saint-Germain.

O presidente do Barcelona, Joan Laporta, até que disse ser o clube maior do que qualquer jogador, mesmo o mais genial como Messi. Mas está sendo mais difícil para o Barcelona lidar com a saída do seu maior astro do que para Messi lidar com o fim de seu vínculo com o clube por onde jogou durante 17 anos.

Enquanto Messi é só sorrisos e empolgação em seu novo clube, onde já conheceu as dependências, cumprimentou amigos, abraçou novos conhecidos e treinou com satisfação, o Barcelona está mergulhado em uma crise, neste início de uma nova era. A era pós-Messi.

O jornal catalão Sport noticiou nesta sexta-feira que o Barcelona tem uma dívida de 52 milhões de euros com o craque argentino.

A publicação conta que, segundo pessoas do clube e outras do entorno do jogador, a cifra é decorrente da negociação do clube com os jogadores durante a paralisação na pandemia, quando alguns salários foram cortados para serem compensados mais tarde, após as competições se reiniciarem. No caso de Messi, o valor seria de 52 milhões de euros.

Laporta afirmou no último dia 6 de agosto que o clube está com graves problemas financeiros. E acusou a gestão anterior, comandada por José Maria Bartomeu.

“Recebemos uma herança desastrosa, que fez com que a folha salarial do esporte chegasse a 95% da receita total do clube; não temos nenhuma margem”, disse o atual presidente.

Como as perdas do Barcelona foram grandes, principalmente por causa da pandemia, não haveria como pagar o salário de Messi sem estourar o limite imposto pelo fair play da La Liga, que obriga os clubes a mostrarem que os gastos serão inferiores às receitas antes da temporada se iniciar.

O Barcelona registrou 487 milhões em perdas (R$ 3 bilhões) na última temporada e tem uma dívida total de 1,17 bilhão (R$ 7,23 bilhões).

O ex-presidente, mostrando que a saída de Messi expôs uma crise no clube, rebateu as acusações de Laporta, por meio de uma nota oficial, divulgada nesta sexta-feira (13).

Na nota, ele diz ter ajudado a reestruturar as finanças do clube, levando o caixa a um superávit por muitos anos e que os problemas que surgiram foram causados pela pandemia.

Ele, entre outros pontos, ele criticou a gestão por entrar em acordo e não mais cobrar na Justiça 16,5 milhões (R$ 101,9 milhões) de Neymar, ex-jogador do clube, em um processo no qual, segundo ele, as expectativas a favor do FC Barcelona eram bastante claras.

Messi e Neymar já treinaram juntos, na última sexta-feira (13) no CT Camp des Loges, do Paris Saint-Germain.

Em meio à turbulência, a equipe do Barcelona, comandada pelo holandês Ronald Koeman, tentará se reerguer com jogadores de alto nível, como Griezmann, Pedri, Frenkie de Jong e os recém-contratados Memphis Depay, atacante; Emerson, lateral-direito e Eric Garcia, zagueiro.

O Barcelona entra em campo pelo Campeonato Espanhol no domingo (15), no Camp Nou, que terá a volta de público. Haverá a possibilidade de 30 mil pessoas assistirem o jogo no estádio.

A última partida com público no Camp Nou foi em 7 de março de 2020, quando, curiosamente, o Barcelona venceu o mesmo Real Sociedad, por 1 a 0. Gol de Messi, de pênalti, aos 36 minutos do segundo tempo. Foram os últimos aplausos que ele ouviu de sua torcida, enquanto, silenciosamente, a era pós-Messi se iniciava.

Fonte: Portal R7.
Equipe Blog Escritor e Jornalista Carlos André.

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