EUA: homem que ameaçou detonar bomba perto do Capitólio se entrega à polícia.
Polícia disse que o suspeito se entregou sem causar 'incidentes' e que ninguém se feriu na ação, perto da Biblioteca do Congresso.
A polícia cercou as imediações do Congresso em Washington, capital do Estados Unidos. |
O homem que ameaçou detonar explosivos, nesta quinta-feira (19), perto do Capitólio em Washington, sede do Congresso dos Estados Unidos e alvo de uma insurreição mortal há meses, se entregou à tarde "sem incidentes", disse a polícia após horas de negociações.
"Ele saiu do veículo e se entregou. As unidades táticas que estavam perto o detiveram sem incidentes", disse o chefe de polícia do Capitólio, Thomas Manger, em coletiva de imprensa.
Ao meio-dia, muitos veículos policiais e ambulâncias estavam em volta do Capitólio, em grande parte isolado, enquanto policiais e agentes do FBI verificavam a área.
"É uma investigação ativa de ameaça de bomba", disse no Twitter a Polícia do Capitólio.
O chefe de polícia da sede do Legislativo americano, Thomas Manger, disse que por volta das 9h15 desta manhã (10h15, em Brasília), um homem dirigiu uma van preta até o meio-fio ao lado da Biblioteca do Congresso e afirmou que tinha explosivos.
"O motorista do caminhão disse ao policial que estava no local que tinha uma bomba e o que parecia ser, segundo o policial, um detonador na mão", Manger disse à imprensa.
No Facebook Live, um homem que parecia ser o suspeito transmitiu uma série de ameaças inconsistentes e pediu para falar com o presidente Joe Biden. O homem, que se identificou como Ray Roseberry, era branco, calvo, com cavanhaque grisalho e vestia uma camiseta branca.
"Estou tentando falar com Joe Biden pelo telefone. Estou estacionado aqui na calçada ao lado de todas essas coisas bonitas", disse ele. "Não vou machucar ninguém, Joe. Não vou puxar o gatilho dessa coisa. Não posso", ressaltou, mas avisou: "Estou te avisando, se os atiradores (...) começarem a atirar por essa janela, essa bomba explode".
Um site especializado que monitora organizações de supremacia branca e jihadistas, disse que a atividade de Roseberry nas redes sociais sugeria que ele fazia parte do movimento MAGA, um acrônimo para "Make America Great Again", o slogan do ex-presidente republicano Donald Trump.
O diretor de comunicações políticas do Facebook, Andy Stone, disse que o perfil do Livestream foi removido e que o incidente está sendo investigado.
Manger se recusou a identificar o homem ou dar outros detalhes, mas garantiu que a polícia estava "em comunicação" com ele, junto com o Departamento Federal de Investigação (FBI).
O diretor de comunicações políticas do Facebook, Andy Stone, disse que o perfil do Livestream foi removido e que o incidente está sendo investigado.
"Estamos tentando obter a maior quantidade de informações possível para encontrarmos uma maneira de resolver isso pacificamente", acrescentou o chefe de polícia. "Não sabemos quais são seus motivos".
Não ficou claro se o veículo continha efetivamente explosivos reais.
Lembranças do 6 de janeiro
Os edifícios principais da Biblioteca do Congresso foram evacuados, assim como a Suprema Corte dos Estados Unidos ali perto e ao menos um dos três prédios dos escritórios da Câmara dos Representantes.
De acordo com as informações, a sede do comitê nacional do Partido Republicano também foi evacuada e a estação de metrô de Capitol Hill foi fechada por precaução.
"O presidente for informado e Casa Branca está monitorando a situação, recebendo atualizações das forças de ordem", disse um funcionário do governo de Joe Biden.
A prefeita de Washington, Muriel Bowser, declarou que foi informada sobre esta "situação em evolução" e anunciou que a polícia da capital federal está cooperando com outras forças presentes.
O Senado e a Câmara de Representantes se encontram em recesso, mas há funcionários trabalhando no complexo do Capitólio.
"Minha equipe e nosso prédio perto do veículo foram evacuados com segurança", tuitou o deputado democrata Raja Krishnamoorthi.
O Capitólio está sob fortes medidas de segurança desde o mortal ataque em 6 de janeiro por parte de apoiadores do ex-presidente republicano Donald Trump, que buscavam evitar a certificação da eleição de Biden.
Em 2 de abril, um policial foi morto e outro ficou ferido, quando um jovem lançou seu carro contra um posto de controle que protege a entrada do Congresso. Foi morto em seguida.
Altas cercas e arame farpado foram colocados em janeiro ao redor do complexo do Capitólio. A cerca, um dos últimos lembretes físicos do ataque, só foi removida em julho.
Fonte: Portal R7.
Equipe Blog Escritor e Jornalista Carlos André.
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