A nova ordem econômica e os desafios do dólar em 2025: o que o Brasil tem a ver com isso?

Com oscilações constantes e tensões globais, moeda norte-americana volta ao centro dos debates econômicos; especialistas analisam impactos e estratégias para o cenário brasileiro.

Carlos André • Redação do Portal Hora da Notícia RJ 
26/05/2025 • 11:46 • Atualizada às 11:53
Geopolítica em Pauta > A Nova Ordem Econômica e os Desafios do Dólar em 2025.
O Portal Hora da Notícia estreia a Coluna Geopolítica em Pauta para trazer uma visão analítica dos acontecimentos ao redor do mundo. – Reprodução/ Portal Hora da Notícia 

A estreia da coluna "Geopolítica em Pauta" acontece em meio a um cenário internacional desafiador. As recentes tensões comerciais entre China e Estados Unidos, o enfraquecimento da zona do euro e a instabilidade política em países produtores de petróleo reacenderam o alerta sobre a dependência do mercado global em relação ao dólar. O que está por trás dessas movimentações? E como elas afetam diretamente o Brasil?

A moeda americana, que há décadas figura como referência nas transações internacionais, passou por oscilações acentuadas nos últimos meses. Em abril, por exemplo, o dólar chegou a cair para R$ 4,72, mas voltou a subir com força após declarações do Federal Reserve sobre a manutenção dos juros altos. Essa volatilidade reflete não apenas decisões econômicas, mas também conflitos geopolíticos e disputas de poder.

Segundo o especialista em Geopolítica Global Felipe dos Santos de Barreto, colaborador da coluna, o mundo vive um momento de transição entre o modelo unipolar liderado pelos Estados Unidos e uma tentativa de multipolaridade, com a ascensão de blocos como os BRICS.

“O dólar ainda é a moeda dominante, mas cada crise reforça o movimento de busca por alternativas. Países como China, Rússia e Índia estão acelerando acordos bilaterais em outras moedas, o que enfraquece, ainda que lentamente, o domínio americano”, afirma Felipe.

IMPACTO NO BRASIL: EXPORTAÇÕES, INFLAÇÃO E POLÍTICA ECONÔMICA

No Brasil, as consequências da flutuação do dólar são sentidas diretamente no bolso do cidadão. Quando a moeda sobe, encarece o preço de combustíveis, alimentos e produtos eletrônicos — além de impactar o custo da dívida externa. Por outro lado, um dólar alto favorece as exportações brasileiras, principalmente no agronegócio e na indústria de base.

O governo brasileiro, por sua vez, tem adotado estratégias para manter a estabilidade cambial. O Banco Central intensificou a atuação no mercado de swaps e monitorou o comportamento de investidores estrangeiros diante das incertezas fiscais e das decisões de política monetária nos Estados Unidos.

“O Brasil precisa aproveitar momentos de alta do dólar para fortalecer suas reservas, incentivar exportações e investir em autonomia tecnológica. A dependência externa continua sendo um gargalo em tempos de crise global”, pontua Felipe dos Santos.

UM NOVO CAPÍTULO NO JORNALISMO ANALÍTICO

Com essa reportagem, a coluna “Geopolítica em Pauta” inicia sua missão de explicar o mundo de forma acessível e profunda. A cada semana, os leitores do Portal Hora da Notícia terão acesso a análises, entrevistas e comentários de especialistas sobre os principais temas internacionais — sempre com um olhar voltado para os impactos reais no Brasil.

Em tempos de transformações rápidas e incertezas, entender a geopolítica é mais do que uma escolha: é uma necessidade.

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