Sábados Estagnados: RECORD Precisa se Libertar das Amarras para Inovar na Programação
Com uma grade repetitiva e desinteressante, a emissora vê seu público se afastar aos sábados; influência de Cristiane Cardoso, filha de Edir Macedo, trava liberdade criativa e impede avanços necessários.
Carlos André • Redação do Portal Hora da Notícia RJ
19/05/2025 • 19:50 • Atualizada às 21:00
Opinião de Carlos André > RECORD Precisa de Pessoas Que Saibam Fazer Televisão.
A RECORD, uma das maiores emissoras do país, parece ter estacionado no tempo quando se trata de sua programação de sábado. Em vez de aproveitar o dia para oferecer entretenimento leve, inovador e variado ao público, a emissora insiste em formatos cansativos e repetitivos, como The Love School e Cidade Alerta – Edição de Sábado.
Ambos os programas são alvo constante de críticas. O The Love School, comandado por Cristiane Cardoso — filha do Bispo Edir Macedo —, é visto por muitos como uma imposição interna, mantida não por relevância ou apelo popular, mas por influência direta da família que comanda a emissora. Já o Cidade Alerta aos sábados soa como uma extensão desnecessária da carga jornalística da semana, uma vez que o canal já conta com o Fala Brasil, o Balanço Geral e o Jornal da RECORD, todos em versões especiais para o fim de semana.
No Rio de Janeiro, o programa Rio Bom D+ surge como um alento, oferecendo uma abordagem mais leve e próxima do público carioca. Mas ainda assim, ele é uma exceção em meio a uma programação que clama por renovação.
A grande questão está justamente na falta de liberdade criativa dentro da emissora. Enquanto Cristiane Cardoso mantiver forte influência sobre a grade e decisões estratégicas — priorizando projetos pessoais, como o The Love School, em detrimento de conteúdos mais relevantes para o público — a RECORD seguirá limitada e distante do dinamismo exigido pela televisão moderna.
Enquanto concorrentes como Globo e SBT aproveitam os sábados para experimentar quadros inéditos, realities, humorísticos e atrações musicais, a RECORD se prende a uma fórmula antiga que não dialoga com as novas audiências. O resultado? Fuga de público, queda de audiência e perda de relevância.
Para que a RECORD volte a ser competitiva e reconquiste o público das tardes e noites de sábado, é necessário coragem para romper com as velhas estruturas e dar espaço à criatividade, à pluralidade e ao desejo do telespectador. Caso contrário, a emissora continuará vivendo um ciclo vicioso de estagnação — e cada vez mais distante da liderança.
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