A Tela que Nos Forma: O Impacto da Televisão na Vida dos Brasileiros

Em meio à era digital, a TV aberta ainda é referência de informação, cultura e entretenimento; especialistas apontam caminhos para uma programação mais diversa, educativa e representativa.

Carlos André • Redação do Portal Hora da Notícia RJ.
24/05/2025 • 17:50 • Atualizada às 18:03
Coluna Olhar Televisivo > O que a TV precisa fazer para atender a novas demandas do público?
A Coluna Olhar Televisivo traz alternativas para as emissoras atenderem ao que o telespectador pede e espera delas. – Foto: Divulgação 

A televisão, presente em mais de 96% dos lares brasileiros, segue como uma das principais fontes de informação, lazer e formação cultural do país. Desde a sua popularização nos anos 60, ela tem moldado comportamentos, lançado modas, influenciado opiniões e reunido famílias em frente à tela. Mesmo com o avanço da internet e das plataformas de streaming, a TV aberta continua sendo, para milhões, o principal elo com o mundo exterior.

Mas qual é, de fato, o impacto da televisão no povo brasileiro? E como as emissoras podem evoluir para atender a um público cada vez mais plural e exigente?

UMA FERRAMENTA DE INFLUÊNCIA E IDENTIDADE

Durante décadas, novelas, telejornais e programas de auditório não apenas entretiveram, mas também educaram e informaram. Casos como o da novela Vale Tudo, que gerou debates sobre ética e corrupção, ou Malhação, que introduziu temas como bullying e sexualidade para os jovens, mostram o poder que a televisão exerce na construção social.

A TV também é memória afetiva. Quem não se recorda de um programa que marcou a infância, de um especial de fim de ano ou de uma cobertura jornalística histórica? Ela atravessa gerações e, muitas vezes, é o único acesso à cultura e ao conhecimento em regiões mais afastadas do Brasil.

DESAFIOS E CAMINHOS PARA O FUTURO

Apesar da relevância, a televisão brasileira ainda enfrenta desafios importantes. A falta de diversidade racial e regional, a reprodução de estereótipos e a escassez de conteúdos educativos em horários nobres são pontos críticos. Para especialistas, a chave está na renovação.

“As emissoras precisam dialogar com a sociedade atual. Representar todas as vozes, apostar em novos formatos, investir em talentos locais e abrir espaço para produções independentes são passos fundamentais”, aponta a pesquisadora e doutora em comunicação Rita Medeiros.

DIVERSIFICAR PARA APROXIMAR

Hoje, o público anseia por representatividade e autenticidade. Programas que valorizem culturas indígenas, quilombolas, nordestinas, ribeirinhas e periféricas são exemplos de como a TV pode incluir, ao invés de excluir.

Além disso, é urgente ampliar o espaço para programas educativos e científicos, que despertem o pensamento crítico desde a infância. “A TV tem o poder de transformar. Com responsabilidade e criatividade, ela pode ser ponte entre o Brasil real e o ideal que queremos construir”, completa Medeiros.

CONCLUSÃO

A televisão brasileira tem história, peso e influência. Mas o tempo pede adaptação. Em um país tão diverso, é fundamental que a TV reflita essa pluralidade. Não apenas para se manter viva na era digital, mas para continuar sendo a grande contadora das histórias do nosso povo.

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