À Beira da Guerra: Índia e Paquistão Anunciam Cessar-Fogo Após Escalada Mortal

Conflito iniciado por atentado na Caxemira deixa mais de 60 civis mortos. Intervenção dos EUA garante trégua entre duas potências nucleares após ataques aéreos e tensão global.

Carlos André • Portal Hora da Notícia Internacional 
10/05/2025 • 15:56 • Atualizada às 16:09
Olhar Mundial > Conflito entre Índia e Paquistão > Cessar-Fogo.
Segundo Trump, Índia e Paquistão têm cessar-fogo total – Foto: Reprodução

Após dias de bombardeios, mortes e temor de uma guerra aberta entre Índia e Paquistão, um cessar-fogo total e imediato foi anunciado neste sábado (10), graças à mediação direta dos Estados Unidos. O presidente Donald Trump, por meio de sua rede Truth Social, confirmou que ambos os países aceitaram interromper todas as ações militares por terra, ar e mar a partir das 11h30 GMT (08h30 no horário de Brasília).

“Parabéns a ambos os países por usarem bom senso e grande inteligência”, declarou Trump. A trégua chega em meio à crescente tensão entre as duas potências nucleares, após um atentado terrorista na Caxemira que matou 26 turistas e deu início a uma sequência de retaliações militares que resultaram na morte de mais de 60 civis em ambos os lados da fronteira.

O ESTOPIM: ATAQUE EM SRINAGAR

O conflito teve início no dia 22 de abril, quando um ataque a bomba na Caxemira administrada pela Índia tirou a vida de dezenas de turistas. Nova Délhi responsabilizou o grupo Lashkar-e-Taiba, com base no Paquistão, apontado como terrorista pela ONU. Islamabad negou envolvimento. A partir daí, o que era tensão virou fogo cruzado.

BOMBAS, MÍSSEIS E DRONES

Na madrugada deste sábado, antes do anúncio da trégua, o Paquistão lançou uma série de ataques com mísseis de alta velocidade contra bases aéreas indianas, enquanto Nova Délhi respondia com ofensivas sobre instalações militares paquistanesas, incluindo um ataque em Rawalpindi, nos arredores da capital Islamabad.

Cidades como Srinagar e Jammu, na Caxemira indiana, viram uma verdadeira corrida pela sobrevivência. "Não há escolha a não ser ir embora", disse o trabalhador Karan Varma, enquanto embarcava em um trem especial de evacuação. Ao todo, 11 civis foram mortos durante a noite nas áreas controladas pelo Paquistão.

INTERVENÇÃO GLOBAL E TEMOR NUCLEAR

Diante do risco de um confronto em larga escala entre dois países com arsenal nuclear, a comunidade internacional se mobilizou. O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, pediu moderação. A China apelou por calma durante reunião do G7, enquanto a diplomacia saudita quase se viu no meio do fogo cruzado: horas antes do bombardeio em Rawalpindi, o ministro saudita Adel Al Jubeir estava na base aérea atacada.

PAZ TEMPORÁRIA OU TRÉGUA DURADOURA?

Apesar da boa notícia do cessar-fogo, analistas temem que a trégua seja apenas temporária. Desde a revogação da autonomia da Caxemira pelo governo de Narendra Modi em 2019, o conflito se agravou e grupos armados aumentaram sua atividade na região.

A esperança agora repousa nas negociações futuras. O ministro paquistanês das Relações Exteriores, Ishaq Dar, reafirmou o compromisso do país com a paz sem abrir mão da soberania. Do lado indiano, o secretário Vikram Misri prometeu o fim das ações militares, mas não comentou sobre eventuais sanções ou investigações sobre o ataque inicial.

Enquanto o mundo respira aliviado por ora, a paz entre Índia e Paquistão continua frágil — e a Caxemira, mais uma vez, paga o preço da instabilidade histórica entre seus dois vizinhos rivais.

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