COP 30 no Brasil: Oportunidade histórica para o jornalismo ambiental se reinventar
Belém (PA) sediará, em 2025, a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas. O evento coloca o Brasil no centro das discussões globais e desafia o jornalismo a ampliar sua cobertura climática com profundidade, regionalidade e compromisso com a ciência.
Redações do Portal Hora da Notícia (Rio de Janeiro x São Paulo)
20/05/2025 • 22:50 • Atualizada às 23:16
Coluna Olhar Mundial > Cobertura Completa da COP 30
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A COP 30 é um marco para o Brasil e representa que grandes eventos globais podem ter o Brasil como palco – Foto: Divulgação |
Em novembro de 2025, os olhos do mundo estarão voltados para Belém, no Pará, cidade escolhida para sediar a COP 30 (Conferência das Partes da ONU sobre Mudanças Climáticas). A escolha é simbólica: ocorre no coração da Amazônia brasileira, uma das regiões mais estratégicas para o equilíbrio climático do planeta. Para o jornalismo, o evento representa muito mais do que uma cobertura internacional — é uma chance única de ampliar o debate ambiental, valorizar pautas regionais e se reconectar com a urgência climática que o tempo insiste em ignorar.
UM EVENTO GLOBAL EM SOLO AMAZÔNICO
Esta será a primeira vez que a conferência acontecerá na Amazônia, o que eleva o protagonismo do Brasil no cenário ambiental e geopolítico. Com a presença esperada de líderes globais, cientistas, ativistas e representantes da sociedade civil, a COP 30 deve consolidar o papel da região como peça-chave na luta contra a crise climática.
O DESAFIO DE UMA COBERTURA QUALIFICADA
A cobertura da COP 30 exigirá dos jornalistas preparo técnico, sensibilidade regional e compromisso ético. Não se trata apenas de reportar discursos e acordos: é fundamental traduzir termos técnicos, contextualizar decisões políticas e dar voz às comunidades tradicionais e povos indígenas da Amazônia — protagonistas que, muitas vezes, ficam à margem da narrativa midiática.
MOMENTO DE REPENSAR AS REDAÇÕES
A COP 30 também deve provocar uma reflexão dentro das redações. Quantas editorias ambientais existem nos veículos brasileiros? Quantos repórteres estão preparados para cobrir temas como transição energética, justiça climática e biodiversidade? A conferência pode funcionar como catalisadora para revitalizar o jornalismo ambiental, inclusive nas redações locais e alternativas.
COBERTURA ALÉM DOS 12 DIAS
Outro ponto crucial será o acompanhamento pós-COP. Os compromissos assumidos em Belém precisam ser monitorados. O jornalismo tem a responsabilidade de manter viva a pauta ambiental ao longo do tempo — indo além da cobertura episódica de cúpulas internacionais.
UMA CHANCE PARA RECONECTAR O PÚBLICO COM A CRISE CLIMÁTICA
Por fim, a COP 30 oferece ao jornalismo a oportunidade de criar pontes entre o global e o local, entre o técnico e o popular, entre os dados e as histórias humanas. É hora de investir em narrativas que engajem, informem e mobilizem. O futuro — e a credibilidade da imprensa — também dependem disso.
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