Presidente do Tribunal Constitucional pede a militares que restabeleçam a ordem no Peru.

Instabilidade política no país escalonou após o presidente Pedro Castillo anunciar a dissolução do Congresso Nacional.

Plantão de Jornalismo HDN | Carlos André e Willian Melo de Freitas, diretamente da Sede do HDN | Portal Hora da Notícia.

07/12/2022 - 19:30.

Policiais tomaram as ruas do Peru para conter a violências em protestos que acontecem por todo o país. (Divulgação/ Imagens Cedidas Pela AFP).

O presidente do Tribunal Constitucional do Peru, Francisco Morales, fez uma apelo às Forças Armadas do país nesta quarta-feira (7), por meio da emissora Canal N, para que "restaurem a ordem constitucional", após o anúncio do presidente Pedro Castillo no qual ditou a dissolução do Congresso e declarou um governo de emergência excepcional.

Pouco depois, o próprio Tribunal Constitucional divulgou um comunicado nas redes sociais no qual declarou que o presidente havia dado um "golpe de Estado".

“O plenário do Tribunal Constitucional rechaça o golpe de Estado perpetrado por Pedro Castillo Terrones, que violou a ordem constitucional”, disse a instituição, depois de acrescentar que Castillo “se colocou à margem da Constituição e da lei”.

“Consequentemente, o Congresso da República deve agir de acordo com as suas competências e, de acordo com a ordem de sucessão, a vice-presidente deve assumir a Presidência da República”, completou o comunicado.

Pedro Castillo determinou nesta quarta-feira a dissolução temporária do Congresso e a instauração de um governo de emergência excepcional, horas antes de o Parlamento debater uma moção de destituição que poderia tê-lo afastado do cargo de chefe de Estado.

Com evidente tremor nas mãos, anunciou que também determinou a convocação de “eleições para um novo Congresso com poderes constituintes para elaborar uma nova Constituição em um período não superior a nove meses".

Além disso, ordenou um toque de recolher nacional a partir de hoje, começando às 22h. 

Todavia, o Congresso destituiu horas depois o presidente Castillo, em um ato apoiado por 101 dos 130 parlamentares do país.