Presidente de Taiwan diz que não busca confronto militar com China.

Tsai Ing-wen afirmou que fará o necessário para defender país e chamou testes bélicos chineses de "guerra de zona cinzenta".

Tsai Ing-Wen deseja prosperidade da região Indo-Pacífico e que precisa de um ambiente pacífico.

Taiwan não busca um confronto militar, mas fará o que for necessário para defender sua liberdade, disse a presidente taiwanesa, Tsai Ing-wen, na última sexta-feira (8) em meio a um aumento das tensões com a China que causa alarme em todo o mundo.

Taiwan, que a China reivindica como parte de seu território, relatou quase 150 aeronaves da Força Aérea chinesa em sua zona de defesa aérea ao longo de um período de quatro dias iniciado na sexta-feira passada, mas tais missões foram interrompidas desde então.

Taipé se queixa há mais de um ano de tais atividades, que vê como uma "guerra de zona cinzenta" concebida para desgastar suas Forças Armadas e testar sua capacidade de reação. "Taiwan não busca um confronto militar", disse Tsai durante um fórum de segurança na capital.

"[Taiwan] torce por uma coexistência pacífica, estável, previsível e mutuamente benéfica com seus vizinhos. Mas Taiwan também fará o que for necessário para defender sua liberdade e seu estilo de vida democrático."

A China diz que está agindo para proteger sua segurança e soberania, e culpa os Estados Unidos, os aliados internacionais e fornecedores de armas mais importantes de Taiwan, pelas tensões atuais.

Tsai disse que a prosperidade da região Indo-Pacífico precisa de um ambiente pacífico, estável, transparente e que conta com muitas oportunidades.

"Mas isto também traz novas tensões e contradições sistêmicas que poderiam ter um efeito devastador na segurança internacional e na economia global se não forem tratadas cuidadosamente", disse.

Taiwan trabalhará com outros países regionais para garantir a estabilidade, acrescentou ela.

"Taiwan está plenamente comprometida a colaborar com elementos regionais para evitar um conflito armado nos Mares do Leste e do Sul da China e no Estreito de Taiwan."

A ilha busca o apoio de outras democracias à medida que o impasse com Pequim se agrava, e nesta semana recebeu quatro senadores franceses e o ex-primeiro-ministro australiano Tony Abbott, embora este esteja visitando em caráter pessoal.

Falando no mesmo fórum, Abbott criticou a China por suas ações agressivas, que visam não somente seu país, mas também Taiwan.

"Seu poder relativo pode ter atingido o auge com o envelhecimento de sua população, a desaceleração de sua economia e o emperramento de suas finanças. É bastante possível que Pequim reaja desastrosamente muito em breve", disse Abbott.

Ele acrescentou que não acredita que a Austrália deveria "ser indiferente ao destino de uma outra democracia de quase 25 milhões de pessoas".

Fonte: Portal R7.
Hora da Notícia.

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