Botafogo estreia com alma de guerreiro no Mundial e mostra força mental diante da pressão do Seattle
Dois gols de bola parada no primeiro tempo e atuação heróica do goleiro John garantem vitória sofrida por 2 a 1 no Lumen Field. Contra o PSG, ajustes serão obrigatórios.
Natan Martins • Base do Portal Hora da Notícia em Minas Gerais | Edição: Carlos André
16/06/2025 • 23:00 • Atualizada às 23:23
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SEATTLE (EUA) – Não foi bonito, mas foi valente. E num torneio como o Super Mundial de Clubes da FIFA 2025, é esse tipo de entrega que separa os figurantes dos protagonistas. O Botafogo estreou com vitória por 2 a 1 diante do Seattle Sounders, na noite deste domingo (15), em um Lumen Field pulsando com mais de 40 mil torcedores. O jogo escancarou virtudes e problemas de um time que ainda busca afirmação internacional, mas que, no peito e na raça, deu o primeiro passo com o pé direito.
⚫ PRIMEIRA ETAPA CIRÚRGICA: EFICIÊNCIA NAS BOLAS PARADAS
O técnico Renato Paiva desenhou um plano de jogo claro para a estreia: intensidade, verticalidade e força nas jogadas de bola parada. E o plano foi executado com precisão. Aos 27 minutos, após cobrança milimétrica de falta de Alex Telles, o volante Jair Cunha, surpresa na escalação, subiu como um foguete para abrir o placar de cabeça. Foi o tipo de jogada que grita “treinada”.
Aos 44, novo cruzamento venenoso na área, desta vez com desvio sutil no primeiro pau, e Igor Jesus apareceu para testar firme, sem chances para o goleiro Frei. Dois gols com a marca da organização ofensiva e leitura de espaços. O Botafogo foi ao vestiário com 2 a 0, resultado justo e animador.
🟡 SEGUNDO TEMPO: QUEDA DE RENDIMENTO E DRAMA ATÉ O FIM
Veio a segunda etapa e, com ela, um Botafogo irreconhecível. A postura recuada, as linhas espaçadas e a queda física abriram espaço para o domínio dos americanos. O Seattle Sounders, que já vinha bem tecnicamente, cresceu emocionalmente. A pressão aumentou.
O gol de Roldan, aos 30 minutos, após bate-rebate na área, foi reflexo da insistência local. A partir dali, o que se viu foi um Botafogo acuado, tentando segurar a vantagem no grito. E o grito mais alto veio do goleiro John, que garantiu o placar com duas defesas monstruosas, a última delas nos acréscimos, em finalização à queima-roupa de Morris.
John foi o nome da partida. A diferença entre a vitória e o empate.
🔎 ANÁLISE TÁTICA E TÉCNICA: ACERTOS, FALHAS E O QUE ESPERAR CONTRA O PSG
PONTOS POSITIVOS:
- BOLAS PARADAS LETAIS: o Botafogo transformou duas jogadas ensaiadas em gols — algo que pode ser decisivo em jogos grandes.
- JOHN SALVADOR: goleiro demonstrou segurança e reflexos rápidos. Sua performance dá confiança para o time seguir no torneio.
- PRIMEIRO TEMPO CONSCIENTE: marcação bem coordenada, uso inteligente da posse de bola e leitura do jogo adversário.
PONTOS DE ALERTA:
- QUEDA FÍSICA ALARMANTE: a intensidade caiu drasticamente na segunda etapa, algo que contra o PSG pode ser fatal.
- LINHA DEFENSIVA EXPOSTA: Marçal e Bastos falharam no tempo de bola em momentos decisivos.
- PROBLEMAS DE COMPACTAÇÃO: o meio-campo perdeu o controle, e o time virou presa fácil para transições rápidas do Seattle.
🎙️ VOZ DO COMANDANTE
Após o apito final, Renato Paiva não amenizou:
“Perdemos o controle no segundo tempo e isso não pode acontecer contra o PSG. Temos que corrigir essa desconexão entre defesa e meio. Hoje vencemos, mas o próximo jogo é contra um time que castiga qualquer erro.”
📆 PRÓXIMA BATALHA: O GIGANTE FRANCÊS PELA FRENTE
O Botafogo agora viaja para a Califórnia, onde enfrentará o Paris Saint-Germain no dia 19 de junho, em Pasadena. O time de Mbappé e companhia vem de goleada e deve entrar com força máxima. Será o maior desafio da temporada para o clube carioca — e também a chance de ouro para o Glorioso mostrar ao mundo que está pronto para algo grandioso.
⚽ PLACAR FINAL:
SEATTLE SOUNDERS 1 X 2 BOTAFOGO
GOLS:
- Jair Cunha (27’ 1T)
- Igor Jesus (44’ 1T)
- Roldan (30’ 2T)
🏆 DESTAQUE DA PARTIDA:
John, goleiro do Botafogo – defesas cruciais nos minutos finais garantiram os três pontos.
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