Decepção Histórica: Boca Juniors Empata com Time Semi-Amador e Dá Adeus ao Mundial Sem Vitórias
Xeneize é eliminado da Copa do Mundo de Clubes com a pior campanha entre os sul-americanos; empate com o Auckland City sela vexame em Nashville.
Carlos André • Base Carioca do Portal Hora da Notícia.
Publicação: 24/06/2025 • 19:25 • Atualização: 20:06
Cobertura Completa da Copa do Mundo de Clubes FIFA
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Auckland City e Boca Juniors empatam e estão fora da Copa do Mundo de Clubes — Foto: Divulgação. |
Em uma das campanhas mais frustrantes de um gigante sul-americano na história recente da Copa do Mundo de Clubes, o Boca Juniors deu adeus ao torneio sem conquistar sequer uma vitória, empatando nesta terça-feira (24) por 1 a 1 com o modesto Auckland City, da Nova Zelândia, equipe de perfil semi-amador. O confronto foi válido pela terceira e última rodada do Grupo C e selou a eliminação de ambas as equipes, com os argentinos registrando a pior campanha entre os sul-americanos da edição 2025.
O gol do Boca foi, simbolicamente, contra. Aos 25 minutos do primeiro tempo, após escanteio batido por Equi Fernández, Di Lollo testou firme e carimbou a trave. A bola bateu nas costas do goleiro Garrow e morreu nas redes. Um lance que ilustra bem o desempenho dos argentinos: sorte no detalhe, mas inoperância no conjunto.
O empate veio logo no início do segundo tempo, com o zagueiro Gray aproveitando uma jogada aérea e testando firme para marcar o primeiro gol da história do Auckland City em uma Copa do Mundo de Clubes. Detalhe: Gray é um professor universitário em formação, o que expõe ainda mais o contraste entre os elencos e o vexame argentino.
TEMPESTADE LITERAL E SIMBÓLICA
O jogo foi paralisado logo após o gol de empate devido à ameaça de tempestade em Nashville. Durante 40 minutos, torcedores e jogadores esperaram sob intensa expectativa o retorno do duelo. Quando a bola voltou a rolar, o Boca Juniors tentou desesperadamente reverter o placar, mas parou em suas próprias limitações e no bom desempenho de Garrow, o mesmo goleiro que havia falhado no primeiro tempo.
Com o empate, o Boca Juniors encerra sua participação com dois empates e uma derrota, nenhum triunfo e saldo negativo. A atuação apática, a baixa produção ofensiva e a falta de soluções táticas geram duras críticas ao técnico Diego Martínez, que não conseguiu encontrar alternativas mesmo diante de adversários tecnicamente inferiores.
GRUPO C: EUROPA AVANÇA, AMÉRICA DO SUL AFUNDA
Com a vitória do Benfica sobre o Bayern de Munique no outro jogo do grupo, os europeus garantiram classificação às oitavas de final. O time português, líder da chave, enfrentará o vencedor do duelo entre Chelsea e Espérance de Tunis. Já o Bayern, segundo colocado, terá pela frente o Flamengo, em clássico intercontinental que promete atrair atenções globais.
O Boca, por sua vez, se despede como protagonista negativo do torneio, superado em pontos, rendimento e competitividade por um clube que conta com atletas que treinam à noite, após os turnos de trabalho ou estudo. A imagem de Cavani cabisbaixo ao fim da partida traduz o sentimento de um elenco que prometia muito, mas entregou pouco.
ANÁLISE DE CARLOS ANDRÉ
O Boca Juniors foi ao Mundial de Clubes com o peso da tradição sul-americana, mas não soube lidar com a realidade do futebol moderno. Faltou organização tática, sobrou dependência de lampejos individuais. O meio-campo foi engolido em todos os jogos, e a defesa mostrou-se frágil até mesmo contra ataques modestos como o do Auckland City.
O empate final com um time semi-amador entra para os anais como um dos maiores vexames internacionais do clube argentino. O problema, no entanto, vai além do resultado: é estrutural, técnico e psicológico. A geração atual parece não compreender o que representa vestir a camisa azul e ouro.
Fica a lição: camisa pesa, mas não vence jogo.
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