Herói Sem Armas: A Fé Inabalável de Desmond Doss em 'Até o Último Homem'
Filme exibido pela RECORD neste sábado (07) emociona ao retratar a história real do soldado que salvou 75 vidas sem disparar um tiro, com performance brilhante de Andrew Garfield e direção marcante de Mel Gibson.
Por Carlos André • Redação do Portal Hora da Notícia
Publicado: 08/06/2025 • 23:35 • Atualizada às 23:50
Pipoca & Ação > Do Clássico ao Cult > Avaliação do Filme Até O Último Homem (2016).
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O Portal Hora da Notícia avalia o filme Até O Último Homem e a atuação do ator Andrew Galfierd – Foto: Divulgação/ Acervo HDN. |
No último sábado (07), a RECORD presenteou seus telespectadores com uma exibição poderosa: Até o Último Homem (Hacksaw Ridge, no original), longa-metragem dirigido por Mel Gibson e lançado em 2016, que resgata uma das histórias mais impressionantes e emocionantes da Segunda Guerra Mundial — a trajetória de Desmond Doss, um soldado que entrou para a história por sua coragem desarmada.
O filme, baseado em fatos reais, apresenta ao mundo o espírito inabalável de um homem que se recusou a portar armas por convicções religiosas, mas não hesitou em entrar no front de batalha para salvar vidas. A produção equilibra ação intensa e sensibilidade dramática com maestria, e se consolida como um dos maiores épicos de guerra do século XXI.
ANDREW GARFIELD: UMA ENTREGA VISCERAL E COMOVENTE
O destaque absoluto vai para o ator Andrew Garfield, que dá vida ao soldado Desmond Doss com uma performance carregada de emoção, fé e força interior. Sua atuação foi reconhecida com uma indicação ao Oscar de Melhor Ator, e não é por acaso. Garfield mergulha com tanta profundidade na fragilidade e, ao mesmo tempo, na força de Doss, que nos faz esquecer que estamos vendo uma atuação — é quase como se estivéssemos diante do próprio herói.
Doss, um adventista do sétimo dia, entra para o Exército Americano com um objetivo: salvar vidas como médico de combate, sem jamais empunhar um fuzil. Enfrentando zombarias, agressões físicas e até julgamento por insubordinação, ele mantém firme sua fé, até se provar um herói em um dos cenários mais sangrentos da guerra: a Batalha de Okinawa, em 1945.
SENSIBILIDADE E FIDELIDADE: O COMPROMISSO COM A HISTÓRIA REAL
Mel Gibson, conhecido por sua ousadia e intensidade atrás das câmeras, entrega aqui um trabalho primoroso. Sem romantizar o horror da guerra, ele reconstrói fielmente os eventos que marcaram a jornada de Doss. Com cenas brutais e ao mesmo tempo líricas, o filme equilibra o caos da guerra com a delicadeza da convicção humana.
A direção acerta ao mostrar como um homem aparentemente comum pode se tornar extraordinário, não pela violência, mas pelo altruísmo. Desmond Doss resgatou, sozinho, 75 soldados feridos em um terreno minado de explosões e tiroteios, baixando um a um pelas encostas de Hacksaw Ridge — um feito que lhe rendeu a Medalha de Honra do Congresso, a mais alta condecoração militar dos Estados Unidos.
UMA EXPERIÊNCIA CINEMATOGRÁFICA NECESSÁRIA
Além da forte mensagem de coragem e fé, Até o Último Homem também é uma obra tecnicamente impecável. A trilha sonora de Rupert Gregson-Williams conduz a narrativa com emoção precisa, a fotografia captura tanto o horror quanto a esperança, e o roteiro de Robert Schenkkan e Andrew Knight conduz a história com respeito e ritmo envolvente.
Não se trata apenas de um filme de guerra — trata-se de um testemunho da humanidade em sua forma mais pura. Um homem contra todos, armado apenas de sua fé, salvando vidas com as próprias mãos.
DO CLÁSSICO AO CULT: UM NOVO OLHAR PARA HERÓIS REAIS
Ao ser exibido pela RECORD no último sábado, o filme não apenas reviveu a história de Desmond Doss para novos públicos, mas também reacendeu uma reflexão poderosa sobre o que é, de fato, coragem. Até o Último Homem merece estar entre os grandes clássicos contemporâneos e, sem dúvida, já conquistou seu espaço no hall dos filmes cultuados com respeito e reverência.
A Coluna Pipoca & Ação recomenda: se você ainda não assistiu, esta é uma experiência cinematográfica transformadora. E se já viu, vale rever — com o coração aberto para entender que, mesmo no campo de batalha, há espaço para milagres.
📺 Reprise disponível no PlayPlus e nas plataformas digitais.
🎖️ Nota da Coluna: 10,0 de 10.
✍️ Reportagem Especial por Carlos André – para o Portal Hora da Notícia
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