Despedida com Honra: Al Ain vira sobre o Wydad e encerra participação no Mundial com vitória
Apesar da eliminação precoce, equipe dos Emirados Árabes conquista triunfo por 2 a 1 em jogo franco e movimentado; análise tática destaca resiliência, ajustes ofensivos e papel decisivo do goleiro Rui Patrício.
Carlos André • Sede Oficial do Portal Hora da Notícia RJ
Publicação: 26/06/2025 • 22:00 • Atualização: 23:20
Cobertura Completa da Copa do Mundo de Clubes FIFA
![]() |
Os dois times, já eliminados, protagonizaram um grande jogo — Foto: Divulgação. |
Em um duelo que, na teoria, não valia mais do que a honra e a premiação da terceira rodada, Al Ain e Wydad Casablanca protagonizaram uma partida vibrante e tecnicamente interessante na tarde desta quinta-feira (26), no Audi Field, em Washington, capital dos Estados Unidos. Eliminadas da Copa do Mundo de Clubes 2025 após duas derrotas nas rodadas iniciais do Grupo G, as duas equipes se despediram com um confronto aberto, que terminou com vitória de 2 a 1 para os emiradenses.
O placar espelhou uma virada construída com inteligência tática, espírito de reação e talento individual — especialmente nas atuações de Kaku Romero, autor do gol da vitória, e Rui Patrício, goleiro veterano que segurou o ímpeto final dos marroquinos.
🔎 ANÁLISE TÁTICA: O JOGO ALÉM DO PLACAR
PRIMEIRA ETAPA: TRANSIÇÕES RÁPIDAS E EMPATE JUSTO
O Wydad Casablanca começou o jogo com postura ofensiva e aproveitou a indecisão inicial do Al Ain para marcar logo nos primeiros minutos. Em jogada rápida pela esquerda, Mailula recebeu com espaço e bateu cruzado, vencendo Rui Patrício — 1 a 0 logo aos 6 minutos.
Os marroquinos apostavam na compactação do meio-campo em um 4-2-3-1 flexível, com apoio constante dos laterais. No entanto, a intensidade inicial foi se dissipando, e o Al Ain passou a explorar bem o lado direito, com Jasic rompendo as linhas e sendo decisivo. Aos 43 minutos, o próprio Jasic foi derrubado na área. Laba cobrou com categoria e empatou — 1 a 1 antes do intervalo, num primeiro tempo onde a posse foi equilibrada, mas o Al Ain finalizou mais (7 a 4).
SEGUNDO TEMPO: AJUSTES, PACIÊNCIA E VIRADA
A volta do intervalo mostrou um Al Ain mais organizado taticamente. O técnico Vladimir Ivić, mesmo já eliminado, não abriu mão da competitividade: adiantou a linha defensiva e fez Kaku Romero recuar para atuar como um meia-armador flutuante, articulando com os volantes.
A virada veio aos 67 minutos: Palacios tentou finalização, mas foi bloqueado. No rebote, serviu Kaku Romero, que finalizou com precisão no canto esquerdo. O VAR revisou o lance por três minutos para possível impedimento, mas o gol foi validado. Justamente no momento em que o Wydad parecia voltar à partida, o golpe veio.
🧤 DESTAQUE: RUI PATRÍCIO SEGURA O RESULTADO
O Wydad ainda tentou reagir com bolas alçadas na área, mas esbarrou na sólida atuação do goleiro português Rui Patrício, que realizou quatro defesas importantes. A mais espetacular aconteceu aos 81 minutos, em cabeçada à queima-roupa de Bencharki.
Laba, que já havia empatado, teve a chance de fazer o terceiro aos 88 minutos, mas perdeu uma oportunidade clara com o goleiro batido. Ainda assim, a equipe manteve o controle emocional e tático até o apito final.
📊 NÚMEROS DA PARTIDA
POSSE DE BOLA: Wydad 51% x 49% Al Ain
FINALIZAÇÕES: Al Ain 14 (6 no alvo) x 10 (4 no alvo) Wydad
PASSES CERTOS: Al Ain 412 x 436 Wydad
FALTAS COMETIDAS: Al Ain 13 x 9 Wydad
DEFESAS: Rui Patrício 4 x Tagnaouti 3
🗣️ DECLARAÇÕES PÓS-JOGO
VLADIMIR IVIĆ (TÉCNICO DO AL AIN):
"Foi uma competição dura, mas terminamos com dignidade. Hoje os meninos mostraram coragem, intensidade e maturidade. A torcida pode se orgulhar."
KAKU ROMERO (AUTOR DO GOL DA VIRADA):
"A gente queria terminar com vitória. Lutamos até o fim, respeitamos o adversário e mostramos que o Al Ain merece ser visto com outros olhos no cenário internacional."
📝 CONCLUSÃO – UMA VITÓRIA SIMBÓLICA
Mesmo com o futuro encerrado no torneio, o Al Ain soube valorizar os 90 minutos finais. Mostrou ajustes táticos eficazes, paciência nas ações ofensivas e resiliência após sair atrás. Já o Wydad Casablanca, apesar da eliminação precoce e desempenho instável, deixa a competição com pontos de atenção — especialmente no quesito organização defensiva, que permitiu gols em momentos críticos dos três jogos.
A despedida pode não ter tido taça, mas foi marcada por dignidade, luta e talento. Um fim que, ao menos para o Al Ain, teve gosto de recomeço.
📍 Reportagem: Carlos André Silva
📰 Portal Hora da Notícia – cobertura especial do Mundial de Clubes FIFA 2025
Comentários
Enviar um comentário