Ataque à Liberdade: Tiros Contra Helicóptero da RECORD Escancaram a Guerra Travada Contra a Imprensa
Em pleno voo jornalístico, criminosos disparam mais de 200 vezes contra aeronave da RECORD; agressão evidencia tentativa de silenciar veículos que expõem a realidade.
Carlos André • Redação do Portal Hora da Notícia RJ
05/06/2025 • 22:50 • Atualizada às: 23:11
Helicóptero da RECORD Rio Alvejado > Nota de Repúdio.
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Aproximadamente 200 tiros atingiram o helicóptero da RECORD Rio – Foto: Divulgação |
O jornalismo brasileiro foi alvo de mais um ataque covarde e inaceitável. Na última quarta-feira (4), um helicóptero da RECORD foi alvejado por criminosos durante sobrevoo sobre comunidades da zona norte do Rio de Janeiro, especificamente entre Cordovil, Parada de Lucas e Cidade Alta. Estima-se que cerca de 200 tiros tenham sido disparados contra a aeronave, que foi atingida na fuselagem. Por sorte, não houve feridos. Mas o recado por trás da ação violenta é claro: o crime organizado tenta calar a imprensa.
O ataque reacendeu o alerta sobre os riscos enfrentados diariamente por jornalistas que se dedicam a informar a sociedade. Em um país democrático, onde a liberdade de imprensa deveria ser um pilar inquestionável, profissionais de comunicação seguem sob ameaça — muitas vezes no simples exercício de seus deveres.
O apresentador Tino Junior, do Balanço Geral RJ, expressou a indignação de milhares de brasileiros ao vivo:
"Bandidos covardes atiraram contra trabalhadores desarmados. Esse tiro bateu na gente, esse tiro bateu na sociedade. É a certeza de que os bandidos querem censurar a imprensa no Brasil."
A contundência das palavras de Tino revela mais do que revolta: escancara o estado de vulnerabilidade ao qual jornalistas e repórteres estão submetidos nas ruas, nos morros, e agora também nos céus do Rio de Janeiro.
A CENSURA QUE VEM COM O CHUMBO
O ataque ao helicóptero da RECORD não pode ser tratado como um incidente isolado. Trata-se de uma grave tentativa de censura armada, de silenciar aqueles que expõem os bastidores da criminalidade, da omissão do poder público e da violência que domina comunidades inteiras. Quando o jornalismo se torna alvo, é toda a sociedade que perde: perde o direito à informação, perde transparência, perde democracia.
A RECORD divulgou nota repudiando veementemente o ataque e reafirmando seu compromisso com a segurança de sua equipe e com a liberdade de imprensa. A emissora informou que está colaborando com as autoridades para investigação do caso.
A RESPONSABILIDADE DO ESTADO
Cabe ao Estado garantir a segurança de todos os cidadãos, incluindo os profissionais da comunicação. É inaceitável que, em pleno 2025, jornalistas precisem temer por suas vidas ao desempenharem um trabalho essencial. É preciso ir além das notas de repúdio e cobrar ações concretas: identificação dos criminosos, responsabilização efetiva e proteção aos veículos de comunicação.
LIBERDADE DE IMPRENSA NÃO SE NEGOCIA
Um tiro contra um helicóptero da imprensa é um tiro contra a democracia. Não é apenas a RECORD que foi atacada. Foi o direito de cada cidadão brasileiro de ser informado com verdade, com coragem e com compromisso.
Não podemos normalizar a violência contra jornalistas. Não podemos silenciar diante da tentativa brutal de impor o medo como forma de controle da informação.
A imprensa livre é a voz da sociedade. E essa voz não será calada.
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