TV Globo 60 Anos: Jornal Nacional, o principal telejornal do Brasil.

O telejornal da TV Globo está no ar há mais de 54 anos. O Portal Hora da Notícia falará sobre o telejornal.

Especial HDN: TV Globo 60 Anos - 01/06/2024 às 01:30
Publicada por Redação.
A TV Globo completa 60 anos em 2025 e prepara grandes comemorações. (Divulgação/ Portal Hora da Notícia).

Na segunda reportagem da série especial de comemoração aos 60 anos da TV Globo, a nossa equipe de reportagem irá falar sobre a história do Jornal Nacional, carinhosamente chamado de JN. 

No ar há 54 anos, o Jornal Nacional conquistou grande prestígio e audiência, tornando-se líder de audiência no segmento. Atualmente, é apresentado pelos jornalistas William Bonner e Renata Vasconcellos, sendo exibido às 20:30 da noite.

Veja agora, a reportagem especial, na íntegra:

O 'Jornal Nacional' é o principal telejornal em rede da Globo. Tem cerca de 45 minutos de duração e faz a cobertura completa das principais notícias no Brasil e no mundo.

Pautado pela credibilidade, isenção e ética, e apresentado por William Bonner e Renata Vasconcellos, o JN é líder de audiência no horário nobre. Criado em 1º de setembro de 1969, tornou-se o primeiro telejornal do país a ser transmitido em rede nacional.

Editor-chefe e apresentador: William Bonner | Editora-chefe adjunta: Cristiana Sousa Cruz | Editora-executiva e apresentadora: Renata Vasconcellos | Período de exibição: 01/09/1969 – NO AR | Horário: 20h30 às 21h15 | Periodicidade: de segunda a sábado

HISTÓRIA

“O Jornal Nacional da Rede Globo, um serviço de notícias integrando o Brasil novo, inaugura-se neste momento: imagem e som de todo o Brasil”.

Foi assim que o apresentador Hilton Gomes abriu, às 19h45, a primeira edição do 'Jornal Nacional', no dia 1º de setembro de 1969. A voz de Cid Moreira anunciou: “Dentro de instantes, para vocês, a grande escalada nacional de notícias”.

O 'Jornal Nacional' estreou para competir com o 'Repórter Esso', da TV Tupi. Foi o ponto de partida de um projeto que pretendia transformar a Globo na primeira rede de televisão do Brasil. Meses antes, a Embratel havia inaugurado o Tronco Sul, que possibilitava a integração de Rio, São Paulo, Porto Alegre e Curitiba. A formação dessa espécie de rede era possível com a ajuda de um sistema de microondas. O equipamento ligava, por sinais, o estúdio à torre de transmissão da emissora. A partir dessa tecnologia, a Globo pretendia gerar uma programação uniforme para vários estados e diminuir os custos de produção.

Na edição de estreia, uma reviravolta na política era o principal assunto. O país seria entregue a uma junta militar por causa de um problema de saúde do presidente Costa e Silva. O anúncio foi feito pelo ministro Delfim Neto e exibido, em filme, durante 46 segundos.

Outros fatos se destacaram na estreia do JN. Milhares de brasileiros assistiram a imagens inéditas das obras de alargamento da Praia de Copacabana, da morte do campeão mundial dos pesos pesados Rocky Marciano e do gol de Pelé que garantiu a classificação do Brasil para a Copa de 1970, no México. Em pouco tempo, conquistou a preferência do público.

Eu cheguei para apresentar o JN, vi aquele nervosismo, todo mundo preocupado. Fiz meu trabalho normal, porque eu ainda tinha na cabeça a ideia de locutor de rádio. No dia seguinte, saiu na capa de O Globo. Tive a dimensão do significado”, disse Cid Moreira.

A CRIAÇÃO DO “BOA NOITE”

O 'Jornal Nacional' foi idealizado por Armando Nogueira, então diretor de jornalismo da Globo. Integravam a primeira equipe Humberto Vieira (editor-chefe e editor internacional), Alice-Maria Tavares Reiniger e Silvio Júlio Nassar (editores nacionais), Amaury Monteiro e Aníbal Ribeiro (chefes de reportagem), Alfredo Marsillac (diretor de imagens), Chucho Narvaez, José Andrade, Sebastião Azambuja, Evilásio Carneiro e Orlando Moreira (repórteres cinematográficos), Ismar Porto, João Mello e Auderi Alencar (montadores), Jotair Assad (coordenador) e Antônio Ozéas (assistente), entre outros.

O 'Jornal Nacional' contava também com apresentadores próprios nas principais sucursais. Lívio Carneiro ficava em São Paulo; em Belo Horizonte, Oliveira Duarte; em Brasília, foram Heitor Ribeiro e, depois, Júlio César; e em Recife, Cícero de Moraes.

Logo na estreia, uma inovação no script despertou o interesse do telespectador. Enquanto o 'Repórter Esso' deixava a notícia mais impactante para o fim, o JN abria com informações “quentes”, o factual. Os editores criaram também o “boa noite”, uma espécie de despedida dos apresentadores com textos e reportagens leves, poéticas ou pitorescas. Na voz de Cid Moreira, a suavidade do “boa noite” do JN transmitia esperança e foi um estilo de mensagem ouvida pelos brasileiros quase oito mil vezes durante 27 anos.

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