CBF afasta árbitro de campo e VAR após polêmica expulsão em Internacional x Cruzeiro
O colunista esportivo Natan Martins fala sobre o dia seguinte aos lances polêmicos e erros na arbitragem das partidas deste domingo (06).
Por: Natan Martins, colunista esportivo, direto de José Raydan, Minas Gerais • 07/04/2025 • 22:25.
Coluna Minuto Esportivo.
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Portal Hora da Notícia traz os desdobramentos da arbitragem mal feita dos jogos deste domingo (06). (Reprodução/ Portal Hora da Notícia). |
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) tomou uma medida drástica nesta segunda-feira (7) e afastou os árbitros envolvidos na partida entre Internacional e Cruzeiro, realizada no último fim de semana pelo Campeonato Brasileiro. O jogo, que terminou com vitória do Inter por 1 a 0, ficou marcado por um lance controverso que culminou na expulsão do zagueiro Jonathan Jesus, do Cruzeiro.
O árbitro Marcelo de Lima Henrique, responsável pelo apito, e Daiane Muniz, operando o VAR, foram os principais alvos da decisão da entidade. Ambos, junto com a equipe de assistentes, passarão por um processo de reavaliação e treinamento antes de voltarem a atuar.
A confusão começou aos 20 minutos do primeiro tempo. Jonathan Jesus cometeu uma falta em Wesley, atacante do Internacional. Marcelo de Lima aplicou o cartão amarelo de imediato, mas, após ser chamado pela cabine do VAR, reviu a jogada no monitor e mudou a punição para vermelho direto. A decisão inflamou os ânimos dos jogadores, da comissão técnica do Cruzeiro e dos torcedores celestes.
Nos bastidores, o clube mineiro não demorou a se manifestar. Além de protestar formalmente junto à CBF, a diretoria da SAF cruzeirense exigiu explicações sobre a conduta da arbitragem e cobrou isonomia no tratamento aos clubes. “Queremos apenas o que é justo: que as regras sejam aplicadas da mesma forma para todos”, declarou o dono da SAF, em entrevista após o jogo.
A CBF, por sua vez, não demorou a agir. Em nota oficial, a Comissão de Arbitragem reconheceu que houve erro na condução do lance e que a decisão final do árbitro de campo, mesmo após a revisão do VAR, foi tecnicamente equivocada. Rodrigo Cintra, presidente da comissão, reforçou que o afastamento não é punitivo, mas sim corretivo: “Nosso objetivo é alinhar critérios e melhorar a sintonia entre árbitro e vídeo, garantindo a transparência e a qualidade do espetáculo.”
Além do caso envolvendo Cruzeiro e Inter, a CBF também anunciou o afastamento da equipe de arbitragem da partida entre Sport e Palmeiras, comandada por Bruno Arleu de Araújo e que teve um pênalti igualmente contestado.
Com os campeonatos ainda no início, o episódio reacende o debate sobre o uso do VAR e a uniformidade dos critérios de arbitragem no futebol brasileiro. Para os torcedores e clubes, fica a esperança de que o episódio traga reflexões e melhorias. Para os árbitros, um lembrete de que, mesmo com toda a tecnologia à disposição, o julgamento humano ainda exige preparo, cautela — e, acima de tudo, coerência.
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