Facebook libera posts contra russos e pedindo a morte de Putin.

De acordo com emails internos da Meta revelados em reportagem exclusiva da Reuters nesta sexta-feira (11) até mesmo pedidos da morte do presidente russo Vladimir Putin estão temporariamente liberados.

A guerra está ultrapassando todos os limites e está mexendo com a mente de todo o mundo que, acompanha os desdobramentos da guerra, apreensivos. (Foto: Reprodução/ Redes Sociais).

Redes Sociais | Por Carlos André Mamedes da Silva, do Portal Hora da Notícia.
11/03/2022 - 16:05.

Em uma guinada na sua política contra discursos de ódio, o Facebook está permitindo que seus usuários nos países do leste europeu publiquem postagens pedindo violência contra russos e soldados russos no contexto da invasão da Ucrânia. De acordo com emails internos da Meta revelados em reportagem exclusiva da Reuters nesta sexta-feira (11) até mesmo pedidos da morte do presidente russo Vladimir Putin estão temporariamente liberados.

Os pedidos de execução dos líderes nacionais, que incluem o presidente bielorrusso Alexander Lukashenko, estão liberados nas regiões próximas ao conflito, exceto se contiverem outros alvos ou tenham mais de um indicador de credibilidade. Em comunicado, um porta-voz da Meta afirmou que a permissão temporária de formas de expressão política foi adotada “como resultado da invasão russa à Ucrânia” e que não se estende a civis russos.


O que diz a Rússia?

Com base na reportagem da Reuters, a embaixada russa nos EUA exigiu que o governo norte-americano tome imediatas providência contra o que chamou de "atividades extremistas" da Meta. "Os usuários do Facebook e do Instagram não deram aos proprietários dessas plataformas o direito de determinar os critérios de verdade e colocar as nações umas contra as outras", afirma um tweet publicado na manhã de hoje (11).

A liberação alegadamente transitória das manifestações políticas e violentas ocorre, segundo a agência de notícias britânica, nos seguintes países: Armênia, Azerbaijão, Estônia, Geórgia, Hungria, Letônia, Lituânia, Polônia, Romênia, Rússia, Eslováquia e Ucrânia.

Os emails da Reuters revelam ainda um efeito colateral, denunciado pelo The Intercept, quando manifestações de violência são liberadas nas mídias sociais: um aumento de elogios ao Batalhão Azov, milícia ucraniana de ideias ultranacionalistas, acusada de adotar ideologia neonazista e supremacia branca, que foi incorporada à Guarda Nacional durante a guerra.

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