Em entrevista ao HDN, Lucas Pereira fala sobre a morte de Maurício Torres e dispara: "Tive esperança de que ele iria se recuperar até os últimos momentos."

A Voz do Cariocão 2022 falou ainda sobre o sucesso da transmissão e como foi receber o convite para a narração do campeonato mais charmoso do Brasil.

O jornalista Lucas Pereira, antes de uma entrada, ao vivo, em um dos programas da Record TV. (Foto: Divulgação/ Record TV).

Entrevistas | Por: Carlos André Mamedes da Silva, do Portal Hora da Notícia.
04/03/2022 - 21:50.

Nesta sexta-feira (04), a equipe do Portal Hora da Notícia conseguiu uma entrevista com o Lucas Pereira, narrador oficial do Campeonato Carioca 2022, transmitido pela Record TV. O jornalista falou sobre o sucesso da transmissão que a emissora vem fazendo pelo segundo ano consecutivo e que já imaginava que chamaria atenção do público que gosta do futebol. 

Ele ainda falou sobre o período que contraiu a Covid-19, durante a transmissão do Campeonato Carioca de 2021.

Veja abaixo, o nosso bate papo, que foi bem interessante. 

1. Você sempre quis se tornar jornalista? Qual foi o "Start" inicial?

Na realidade, quando eu era adolescente ainda não sabia muito bem o que queria ser, mas sempre gostei de esportes e de ouvir os locutores esportivos no rádio e na TV. Foi então que eu decidi fazer Jornalismo para tentar trabalhar com alguma coisa ligada ao esporte.

2. Você ficou 15 anos no SporTV, o que te fez assinar com a Record TV? E qual foi a sua primeira aparição na emissora?

O desafio de trabalhar numa TV aberta, com grande audiência, sendo o principal narrador. Até porque a Record tinha adquirido com exclusividade os Jogos Olímpicos de Londres. Achei que era a hora de mudar. A minha primeira aparição na Record foi na transmissão do sorteio dos grupos do futebol masculino para os Jogos de Londres. Estava no estúdio ao lado do Romário e do Maurício Torres.

3. Você narrou 5 Olimpíadas e 4 Copas do Mundo e o milésimo gol de Romário, você ainda tem um objetivo que você considera primordial e o auge de sua carreira?

A gente nunca pode se contentar achando que a carreira já atingiu o auge. Sempre temos novos desafios e projetos para continuar crescendo. Acredito que transmitir uma Copa do Mundo no local dos jogos é um sonho para qualquer narrador esportivo.

4. Durante o Cariocão de 2021, você contraiu a Covid-19 e foi afastado das transmissões e como foi passar por este momento? Quais foram os sintomas identificados?

Não foi fácil. A minha esposa e filhos ficaram em São Paulo e eu fiquei internado, sozinho, sem poder receber visitas. Comecei a ter febre e falta de ar. Mas, graças a Deus, me recuperei muito bem.

5. Você imaginava que iria voltar a narrar futebol carioca? Qual foi a sua reação ao receber o convite?

Fiquei muito feliz. Narrei jogos do campeonato carioca durante muitos anos da minha carreira. Era como se estivesse voltando pra casa, para a minha origem, transmitindo uma competição maravilhosa e que eu conheço bem.

6. São 10 anos de Record TV. Qual foi a cobertura mais marcante da sua carreira? Por quê?

Foram muitos momentos maravilhosos, mas as 2 finais olímpicas do futebol masculino, em Londres 2012 (Brasil x México), e no Rio 2016, entre Brasil e Alemanha, foram os jogos mais importantes que já narrei na minha carreira. A cobertura dos Jogos de Londres 2012, por ter sido feita com exclusividade, teve uma visibilidade enorme e foi muito marcante.

7. Em 31 de maio de 2014, recebemos a triste notícia da morte de Maurício Torres, saudoso narrador, vocês eram amigos? Qual foi a sua reação, ao saber, da morte?

Eu era um grande amigo do Maurício. Quando nós éramos mais jovens e trabalhávamos em rádio, ele chegou a frequentar a minha casa. Um companheiro sensacional, ótimo profissional e um ser humano incrível. Tive esperança de que ele iria se recuperar até os últimos momentos. A notícia da morte foi de uma tristeza muito grande. Todos nós da Record ficamos arrasados, até porque ele era muito querido.

8. Você começou com 18 anos na rádio e, logo após, algum tempo, foi para a TV, você percebeu alguma diferença? Como foi a adaptação?

A diferença é muito grande. O ritmo, a linguagem e o jeito de narrar mudam muito. No início fazia uma locução radiofônica, falando demais e com muita velocidade. Demorou alguns meses até eu conhecer o meio televisivo e me adaptar às diferenças. A minha sorte é que tiveram bastante paciência comigo.

9. A cobertura está sendo um sucesso de repercussão e de audiência, você imaginava tanto sucesso assim?

Sim. Imaginava que a audiência seria maior que a do ano passado porque o público já está se acostumando a ver o campeonato carioca pela Record. Sem falar que estamos transmitindo os jogos aos domingos e algumas quartas, o que atraiu ainda mais espectadores. Já atingimos a liderança de audiência em algumas partidas e a tendência é que esses números melhorem com as finais do campeonato. Estamos sendo agraciados com o enorme carinho do público.

10. E, por fim, como é a preparação vocal para as transmissões? Tem algum segredo para transmitir a sua emoção aos telespectadores?

O principal é ter boas noites de sono e cuidar bem da garganta. Se possível, evitando lugares barulhentos onde você vai ter que gritar muito. Não bebo nada muito gelado e faço exercícios vocais com a Vanessa Pedrosa, fonoaudióloga da Record, que me ajuda muito. O segredo para passar emoção para o público é narrar com o coração e deixar os grandes momentos do jogo tomarem conta de você. Procuro sempre "mergulhar" nas partidas que estou transmitindo. Desse jeito, fica mais fácil passar uma emoção verdadeira.

É uma honra para a nossa equipe contar com um entrevistado do seu porte, Lucas. Quero agradecer a Assessoria de Comunicação da emissora e a equipe de São Paulo.

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