3º dia do Rock in Rio tem Avenged Sevenfold lavando almas, Evanescence vigoroso e Journey constrangedor
Programação do domingo (15) foi dedicada ao rock. Veja o que rolou nos palcos Mundo e Sunset.
Cobertura Especial Rock in Rio • 16 de setembro de 2024 • 14:30.
Carlos André e Henry Freitas.
O primeiro fim de semana do Rock in Rio foi incrível e o Portal Hora da Notícia traz todos os detalhes do terceiro dia do evento. (Divulgação/ HDN/ Rock in Rio). |
Avenged Sevenfold fechou o terceiro dia de Rock in Rio com uma apresentação cheia de fãs de carteirinha. O domingo (15) celebrou o rock e teve shows marcados por hits de diferentes vertentes do gênero, com um público vestindo principalmente trajes pretos.
Avenged Sevenfold fecha Palco Mundo no primeiro final de semana de Rock in Rio. (Divulgação/ HDN/ Rock in Rio). |
Deep Purple se mostrou resistente ao tempo, ao agitar uma multidão com os sucessos clássicos da banda. Já o Evanescence teve uma apresentação vigorosa, com Amy Lee exibindo seu vozeirão, apesar de problemas técnicos com o som.
Incubus teve um setlist enxuto, mas nostálgico aos fãs, que ficaram bastante contagiados. Journey, porém, não animou sua plateia, que se manteve praticamente estática durante quase todo o show, marcado por uma vergonha alheia.
A data teve ainda apresentações de nomes como Planet Hemp, MC Poze do Rodo, Paralamas do Sucesso e Barão Vermelho.
Avenged Sevenfold
O grupo americano Avenged Sevenfold mostrou com quantas vindas ao Brasil se constrói um fã-clube fiel. Após shows em 2008, 2010, 2011, 2013 e 2014, fez seu maior show por aqui, enfim como headliner de um grande festival. Talvez por ser um pouco mais alternativa, a banda californiana foi o headliner que se apresentou para o menor público neste primeiro fim de semana de Rock in Rio. Nos shows de Travis Scott e Imagine Dragons havia muito, muito mais gente na frente do Palco Mundo. O público era maior até em atrações que não fecharam as noites, como o Evanescence, que tocou logo antes do Avenged. Quem ficou para vê-los, porém, cantou a maior parte do repertório.
Deep Purple
No Dia do Rock do festival, é impossível ficar sem um representante de peso do rock clássico. A banda convocada para ocupar o espaço foi Deep Purple. O cultuado grupo inglês formado em 1968 também é dono de alguns dos principais hinos do rock. “Highway star”, a primeira do show, é um deles. A banda, que resistiu também às mudanças de formação, entrou após uma introdução como num filme dos anos 1970. Infelizmente, não com a potência vocal que a música pedia: Ian Gillan se esgoelou em um microfone que não funcionou. A falha foi arrumada antes do fim faixa. Ainda bem.
Evanescence
O festival separou uma hora e 15 minutos para um dos subgêneros mais queridos dos roqueiros brasileiros de 30 e poucos anos: o new metal. O estilo que estourou nos anos 2000 foi representado pelo Evanescence, penúltima banda a tocar no Palco Mundo. Após 15 minutos de atraso por problemas técnicos, Amy Lee surgiu no palco com sua voz vigorosa e melódica. Ela segue falando pouco e cantando muito, mas a potência do som prejudicou a performance não só dela, como de toda a banda. As coisas foram se acertando no decorrer do show, principalmente após “Going Under”.
MC Poze do Rodo
Poze do Rodo protagonizou o momento mais fofo do dia. O cantor, que se apresentou no Palco Espaço Favela, pediu sua namorada em casamento e fez um show digno de, no mínimo, Palco Sunset, o secundário do festival. O músico chamou para o palco seus filhos Júlia, de 4 anos, Miguel, de 3, e Laura, de 2. Logo depois, convidou Vivi Noronha, mãe dos pequenos, e pediu sua mão em meio à plateia lotada que assistia ao show. A influenciadora recebeu do namorado um grande buquê de flores, foi às lágrimas e disse “sim” para a pergunta.
Incubus
O show do Incubus foi um reencontro entre a banda e seus fãs, que cresceram. A banda surgiu lentamente no palco em uma abertura crescente de “Nice to Meet You”, o que deu a sensação de viagem no tempo, para quando não existiam as plataformas de streaming e comprávamos CDs. Eles enxugaram o set da turnê de "Morning view XXI" e passearam pelo repertório de outros trabalhos. As músicas soam suntuosas e amadurecidas. O roteiro ainda teve covers de Phil Collins, Beatles e Portishead.
Journey
O show do Journey instaurou um clima de vergonha alheia entre quem assistia à apresentação do grupo, que aconteceu às 19h, no Palco Mundo. Com exceção de "Don't Stop Believin'" e "Anyway You Want it", nenhuma faixa do setlist foi capaz de animar o público. Do início ao fim, a maioria das pessoas ficou completamente estática — vez ou outra, alguns batiam palmas ou erguiam o celular para filmar um pouquinho o show, mas esses eram o máximo de movimento corporal que faziam. Suas bocas também se mexiam para papear, mas raramente para cantar os versos.
Planet Hemp
"É permitido fumar a bordo", avisou o rapper BNegão antes de abrir o show do Planet Hemp no Rock in Rio com "Fazendo a Cabeça", música do auge do grupo. O cenário no Palco Sunset imitava uma estufa de maconha e um enorme baseado inflável era jogado de um lado para o outro na plateia. Desde o álbum "Usuário" (1995), a banda que revelou BNegão e Marcelo D2 é sempre associada à defesa da legalização da cannabis -- em 1997, os integrantes chegaram a ser presos depois de um show em Brasília, acusados de fazer apologia ao uso da substância.
Os Paralamas do Sucesso
Os Paralamas do Sucesso são figurinha constante em festivais. Nessa celebração de 40 anos do Rock in Rio, a presença deles é obrigatória, até porque estiveram na primeira edição. O grupo é só dois anos mais velho que o Rock in Rio e da mesma forma celebra a longeva carreira. Eles têm viajado a turnê “Paralamas Clássicos”, que passa por toda trajetória, o que une gerações e gerações em frente ao palco. Impossível não conhecer alguns desses sucessos de cor.
Barão Vermelho
O Barão Vermelho abriu a programação deste domingo no Palco Sunset. A grande surpresa foi o lançamento da música "Do Tamanho da Vida", um presente da Lucinha Araújo, mãe do Cazuza. A letra conta com uma poesia inédita do artista que fez parte da formação original da banda. Além da novidade, a escolha do Barão para abrir o dia se encaixou com a comemoração antecipada dos 40 anos do festival, já que o grupo foi um dos grandes sucessos da edição número um do evento em 1985.
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