Entrevista Exclusiva com Júnior Ghesla.

Em entrevista concedida ao Portal Hora da Notícia, o comunicador falou sobre a sua carreira e como consegue conciliar a comunicação com a música e com a escrita.

Entrevista Exclusiva • 08 de setembro de 2024.
Carlos André e Enzo Gabriel • 17:50.
Júnior Ghesla está se firmando como um grande comunicador independente no seu canal no YouTube; ele falou um pouco sobre essa paixão pela comunicação. (Divulgação/ Arquivo Pessoal).

Em entrevista exclusiva ao Portal Hora da Notícia, o comunicador, cantor e escritor Júnior Ghesla falou sobre a sua carreira profissional, sobre o rótulo de galã e deixou um conselho para aqueles que desejam seguir na carreira artística. O comunicador ainda falou como surgiu a Rede Ghesla de Televisão, seu canal no YouTube.

A equipe do HDN agradece a disponibilidade e a paciência do comunicador.

Veja abaixo, na íntegra, a entrevista com Júnior Ghesla:

1. Você é comunicador e criou um canal no YouTube. Qual foi o start inicial e como descobriu essa vocação?

Entre formação acadêmica e trabalho de mercado, estou na comunicação há 15 anos. Sou da área da publicidade e propaganda e sempre fui um apaixonado por audiovisual. Televisão e rádio foram minha infância e adolescência, sempre fui apaixonado por forma e conteúdo desses meios. A possibilidade de atuar na comunicação através de um canal próprio foi um caminho natural.

2. Além de comunicador, você é músico e escritor, como consegue conciliar tudo isso?

Priorizando cada arte em algum momento. Hoje sou muito mais comunicador do que músico e escritor. Mas comecei na internet escrevendo séries em formato de novela no Instagram. Como músico, foi mais uma forma de expressão que encontrei desde a infância e as aulas de música da escola mesmo. Com o passar do tempo tomei gosto e, embora hoje a música não tenha sido minha prioridade, é algo que sei que vou levar para o resto da vida. Faz parte de mim.

3. Qual são as suas maiores referências e inspirações?

Gosto muito da comunicação popular. Acho que Silvio Santos, Faustão, Gugu e outras figuras emblemáticas da nossa televisão e do rádio brasileiro dão aulas grátis a todo mundo que quer ser um bom comunicador em qualquer que seja a função: de um grande programa de auditório a uma apresentação no trabalho. Me inspira muito também a capacidade que esses comunicadores têm de levar alegria ou ao menos um momento de descontração para as pessoas. É uma missão singela, mas muito poderosa. Quando nos conectamos com o público de alguma forma, há uma magia intrínseca inexplicável. 

4. Quem foi o seu maior incentivador? 

As pessoas próximas sempre foram muito gentis comigo e isso é muito importante. Mas acho que aprendi com o tempo que o maior incentivador somos nós mesmos. Ter a capacidade de se divertir com o que faz é o maior incentivo que se pode ter, porque haverá momentos em que a falta de retorno em vários níveis será notória. Assim, se gostamos do que fazemos, fazemos primeiro para nós, e se tivermos sorte, algumas pessoas virão junto.

5. Teve medo de dar errado? Tinha um plano B?

A comunicação é um meio incerto, assim como o mundo artístico em geral. Sempre é necessário ter em mente que, principalmente hoje, ninguém é uma coisa só e temos que aprender continuamente. Não adianta se apegar a técnicas e meios antigos por pura vaidade. Nunca tive medo de dar errado porque nunca apostei todas as fichas em um só modo de trabalhar. E mais: não considero que tenha dado certo. É uma construção diária que exige paciência e constância, passos de formiguinha, mas sempre em frente.

6. Como surgiu a Rede Ghesla de Televisão?

O canal surgiu da minha vontade de fazer comunicação independente e formar uma comunidade. Celebrar a história da TV e comentar o que acontece hoje. A Rede Ghesla é, em primeiro lugar, uma forma de expressão das coisas que tenho vontade de dizer, de programas que sempre tive vontade de fazer, de realizar o sonho de criança de ser "apresentador". Apesar de ainda estar começando e ter um longo caminho a percorrer, na grande parte do tempo me sinto realizado por ter colocado esse projeto em prática há quase 5 anos. Nesse tempo, aprendi muito de mim e do público. E tive ainda a oportunidade de conhecer figuras que jamais imaginei entrar em contato.

7. Recentemente, ficamos em choque com a morte de Silvio Santos e assistimos a cobertura que as emissoras fizeram durante todo o fim de semana. Como você reagiu ao receber a notícia?

É sempre doloroso ver essas grandes figuras partirem, mas elas também provam o poder que deriva da comunicação: o poder do legado. A construção de Silvio Santos não somente na comunicação, mas no coração de cada brasileiro que um dia se divertiu com ele é algo muito precioso e inesquecível. Senti como todo brasileiro apaixonado por televisão e pelo trabalho do Silvio Santos a partida dele. Mas as histórias que ficam são eternas.

8. Qual momento mais importante na sua carreira? Por quê?

Minha carreira não tem grandes feitos ou grandes pontos de virada. Por isso, acredito que o melhor momento da minha carreira sempre é o agora. É o único lugar em que posso construir algo e fazer alguma coisa. 

9. Qual é o seu maior sonho?

Sou apaixonado por entretenimento popular. Qualquer trabalho que conseguir realizar nessa área será muito especial para mim. Na televisão ou na internet, meu sonho na verdade é poder ser comunicador pelo resto da vida e ser um bálsamo em algum momento do dia das pessoas. Em muitos momentos, meus comunicadores favoritos aliviaram minha tristeza ou me deram esperança sem sequer me conhecer. Quero poder ser isso para as outras pessoas de alguma forma. 

10. Você ganhou o título de galã do YouTube, como você reage a isso? Já recebeu cantadas no Instagram?

Honestamente, não sei qual a fonte dessa informação ou quem me conferiu esse título. Hahahah. Mas, se alguém pensa assim, fico muito grato e lisonjeado. Não tenho histórico de ter sido considerado galã de nada na vida. 

11. Por fim, qual conselho você daria para os jovens e crianças que se inspiram em você para seguir o mesmo caminho que você?

Acho que para tentar fugir um pouco desse clichê de "corra atrás dos seus sonhos", que acho tremendamente vazio, porque não contempla o fato de que às vezes a gente desanima mesmo do nosso maior sonho, eu diria que é importante fazer algo de que se goste e não correr atrás unicamente dos algoritmos e do sucesso. Eles são importantes também, e seria hipocrisia dizer que não busco reconhecimento do meu trabalho. Mas o ponto central é conseguir se divertir e gostar do que está fazendo mesmo quando a central de lives do YouTube diz que tem ZERO pessoas assistindo. Se não for assim, se for só o sucesso pelo sucesso, a chance de desanimar a cada pequena derrota é muito grande. Se divertir fazendo e curtir o caminho me parecem, até aqui, ser a melhor saída.

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