Opinião de Carlos André.

"Os Ataques de Zito Contra Netinho Reis: Quando a Política em Duque de Caxias Desce ao Nível Pessoal" é o tema do quadro neste domingo (29).

Opinião do Comunicador Carlos André 
Data: 29 de setembro de 2024 • 02:15.
Por Carlos André.
Ataques podem ser vistos durante o horário eleitoral gratuito do Rio de Janeiro. (Divulgação/ Arte HDN).

A corrida pela prefeitura de Duque de Caxias tem sido marcada por debates acalorados e propostas pouco claras, mas os ataques recentes do candidato Zito contra seu rival Netinho Reis chamam a atenção por um motivo preocupante: a política local parece estar mergulhando em uma arena de agressões pessoais, afastando-se do debate necessário sobre o futuro da cidade.

Zito, um nome conhecido na política caxiense, adotou uma estratégia que vai além das críticas habituais às políticas e propostas de seus adversários. Ele tem usado ataques diretos contra Netinho Reis, muitas vezes explorando questões pessoais em vez de se ater ao confronto de ideias. O problema é que, ao escolher esse caminho, ele não só desvia o foco dos verdadeiros problemas da cidade como contribui para a degradação da qualidade do debate político.

Duque de Caxias, como tantas outras cidades da Baixada Fluminense, enfrenta desafios enormes. A população espera soluções para áreas críticas como saúde, segurança, saneamento básico e educação. No entanto, os ataques de Zito ofuscam esses temas, reduzindo a política local a uma disputa de egos e ressentimentos pessoais, onde o que está em jogo é mais a imagem pública do que a capacidade de liderança.

É compreensível que uma campanha eleitoral tenha tensões, mas o que se espera dos candidatos é maturidade política. Em vez de se envolver em uma troca de ofensas, seria mais produtivo para Zito e Netinho Reis se concentrarem em apresentar soluções para os problemas que afligem Duque de Caxias. O eleitor precisa ver claramente quais são os planos de cada candidato, como pretendem melhorar a qualidade de vida da população e quais medidas concretas têm para enfrentar os desafios do município.

Além disso, os ataques de caráter pessoal acabam desrespeitando o próprio eleitorado. O cidadão caxiense está mais preocupado com o hospital que precisa de melhorias, com a escola que necessita de reformas, com o emprego que não aparece, do que com as desavenças entre candidatos. Os eleitores merecem respeito e têm o direito de ter acesso a uma campanha que se concentre em propostas que realmente façam a diferença.

Netinho Reis, por sua vez, também precisa tomar cuidado para não cair na armadilha de responder a essas agressões no mesmo tom. Se a campanha se transformar em um festival de acusações pessoais de ambos os lados, quem perde é o eleitor. A política não é uma batalha de quem grita mais alto ou de quem ofende com mais eficácia; é, ou pelo menos deveria ser, uma arena de discussão de ideias e soluções para a cidade.

O grande problema com esse tipo de ataque é que ele perpetua um ciclo de alienação do eleitorado. Quando a política se torna uma disputa de insultos, a população tende a se afastar ainda mais do processo eleitoral. E essa alienação é perigosa, pois enfraquece a democracia e abre espaço para o surgimento de líderes populistas que se alimentam da apatia e do desencanto das pessoas.

Em vez de investir na polarização pessoal, Zito e Netinho Reis devem voltar sua atenção para os problemas reais de Duque de Caxias. A cidade precisa de propostas concretas e de uma liderança que esteja disposta a construir pontes e promover o diálogo. Os eleitores não querem mais assistir a um espetáculo de ataques vazios – eles esperam comprometimento com o futuro da cidade.

A campanha ainda está em andamento, e há tempo para mudar o rumo desse embate. Os candidatos têm a oportunidade de transformar essa disputa em um momento de reflexão e crescimento político para Duque de Caxias. Mas para isso, é necessário que deixem de lado as ofensas pessoais e voltem a discutir aquilo que realmente importa: o futuro da cidade e a qualidade de vida dos caxienses.

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