Fim do Sonho Tricolor: Fluminense é eliminado pelo Chelsea na semifinal do Mundial com lei do ex em dose dupla
João Pedro, revelado nas Laranjeiras, marca duas vezes e sela vitória do clube inglês por 2 a 0. Fluminense se despede com dignidade de sua primeira participação no Mundial de Clubes da FIFA.
Carlos André • Redação do Portal Hora da Notícia no RJ
Publicação: 08/07/2025 • 23:34 • Atualização: 08/07/2025 • 23:57
Cobertura Completa da Copa do Mundo de Clubes FIFA
O FIM DE UM CAPÍTULO HISTÓRICO
O Fluminense deu adeus ao sonho do título mundial nesta terça-feira (8), ao ser derrotado pelo Chelsea por 2 a 0 na semifinal da Copa do Mundo de Clubes da FIFA. O palco foi o MetLife Stadium, em Nova Jersey, sob forte calor, e o enredo teve um personagem central: João Pedro, cria das Laranjeiras, que marcou os dois gols da partida e aplicou com maestria a temida “lei do ex”.
Mesmo sem comemorar, o atacante brasileiro recém-contratado pelo clube inglês foi cirúrgico nos lances que definiam o destino do jogo. O Tricolor das Laranjeiras, comandado por Renato Gaúcho, foi a última esperança brasileira no torneio, após as eliminações de Botafogo, Flamengo e Palmeiras. Mas acabou sucumbindo diante da superioridade dos Blues.
ANÁLISE TÁTICA E O PESO DA EXPERIÊNCIA
Desde os primeiros minutos, ficou evidente a diferença de ritmo e intensidade. O Chelsea dominava a posse de bola, trocava passes com segurança e criava chances perigosas. Enzo Fernández quase abriu o placar em duas oportunidades, mas quem brilhou mesmo foi João Pedro. Em um lindo chute de fora da área, ele acertou o canto de Fábio, abrindo o placar e selando a primeira etapa com vantagem inglesa.
Renato tentou fazer o time reagir no segundo tempo, mas a estratégia ousada virou armadilha. Logo no primeiro contra-ataque, João Pedro apareceu novamente, finalizando com frieza para fazer o segundo e deixar o Tricolor em situação delicada. O golpe foi sentido. O Chelsea teve até chances de transformar o placar em goleada, com jogadas rápidas de Palmer, Nkunku e Malo Gusto.
As substituições promovidas por Renato Gaúcho não surtiram o efeito desejado. Soteldo, em sua estreia, protagonizou um lance ríspido com Cucurella e escapou da expulsão. O Fluminense até teve lampejos ofensivos, como a bola salvada por Cucurella em cima da linha no primeiro tempo, e o pênalti anulado pelo VAR, mas faltou contundência.
UMA DESPEDIDA HONROSA
Apesar da derrota, é impossível apagar o brilho da trajetória tricolor até aqui. A vitória sobre a Inter de Milão nas quartas e a classificação dramática contra o Al-Hilal entraram para a história do clube. O Fluminense levou ao Mundial a essência de um futebol técnico, valente e que representa uma geração orgulhosa de torcedores.
João Pedro, mesmo como vilão do jogo, é um símbolo dessa identidade: formado em Xerém, mostrou ao mundo o potencial da base tricolor, mesmo que do lado adversário. Não houve provocação, nem deboche. Apenas o respeito de quem conhece o peso da camisa que um dia vestiu.
O QUE VEM A SEGUIR?
Com a eliminação, o Fluminense volta suas atenções para a temporada nacional e para a reconstrução emocional após a queda. Renato Gaúcho tem desafios importantes no calendário, especialmente na busca por títulos no cenário brasileiro e continental.
Já o Chelsea, embalado pela sólida atuação, aguarda o vencedor de Real Madrid x PSG para a grande final do Mundial, que será disputada no próximo domingo (13), às 16h (horário de Brasília), novamente no MetLife Stadium.
PALAVRA FINAL
O torcedor tricolor pode sim lamentar a eliminação, mas deve manter a cabeça erguida. O clube carioca mostrou força, coragem e qualidade diante de gigantes do futebol mundial. O sonho foi interrompido, mas a história foi escrita com dignidade. E como diz o próprio hino: o Fluminense jamais será vencido.
CARLOS ANDRÉ
Cobertura especial do Mundial de Clubes da FIFA 2025 – Portal Hora da Notícia
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