Em terceiro na disputa, Moro já muda cenário pré-eleitoral.

Ex-juiz se destaca do pelotão da terceira via, e cola em Ciro Gomes, do PDT. Doria desmarca participação em evento de filiação. Bolsonaro apressa medidas de reforço à popularidade.

Sérgio Moro: Entrada na disputa mobiliza potenciais adversários.

O ex-ministro e ex-juiz Sergio Moro, que assina nesta quarta-feira a ficha de filiação ao Podemos, em evento em Brasília, já altera o cenário da disputa pré-eleitoral, ensaiando uma liderança entre o pelotão de 14 pré-candidatos da terceira via. Sondagens do Podemos mostram que Moro é o único a se aproximar dos índices de Ciro Gomes, disputando com o pedetista a terceira posição, mas com eleitorado diferente do cearense.

O perfil do potencial eleitor de Moro preocupa articuladores do presidente Bolsonaro. O discurso do ex-juiz retira votos de franjas do eleitorado do presidente, particularmente no Sul e no Sudeste — uma das razões para a intensa mobilização de estrategistas e aliados de Bolsonaro na aprovação de medidas que ampliem de imediato sua popularidade, principalmente no Norte e Nordeste e entre os mais pobres, como o programa de transferência de renda Auxílio Brasil.

O governador de São Paulo, João Doria, que fazia questão de manter posição conciliatória entre os candidatos da terceira via e que mantém um pacto de não agressão com vários deles, já avisou ao comando da pré-campanha de Sergio Moro que não comparecerá ao evento desta quarta-feira, como estava previsto. Doria se dedica às articulações para as prévias do PSDB, marcadas para do dia 21, quando o partido escolherá seu indicado para a disputa presidencial.

O ex-juiz tem marca própria na memória do eleitorado, a qual pretende preservar e estimular: a de defensor da moralidade pública e combate à corrupção. O ex-titular da Lava Jato sinaliza que vai investir contra a impunidade. Nesta segunda-feira, aparece nas redes sociais criticando a demora na punição aos responsáveis pelo incêndio na Boates Kiss, e reclama da “ineficiência do sistema de Justiça”.

Os obstáculos à frente do potencial candidato ao Planalto também remetem à imagem do promotor da Lava Jato. O ex-magistrado tem alto índice de rejeição, segundo sondagens, superior ao dos demais concorrentes da terceira via. Com o avanço da crise econômica e da  preocupação com inflação e desemprego, o tema do combate à corrupção não deve ser central nas próximas eleições, retirando de Moro o principal trunfo.

Fonte: Portal R7.
Hora da Notícia.
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