Forças russas se preparam para bombardear o porto de Odessa, afirma presidente ucraniano.
Quase 1 milhão de pessoas vivem na região; Zelenski disse que ataque seria 'um crime histórico'.
A Cobertura da Guerra entre Ucrânia e Rússia entra no seu 11º dia. (Imagem: Divulgação/ Montagem HDN). |
Rússia X Ucrânia | Por Redação HDN.
06/03/2022 - 12:55.
As tropas russas se preparam para bombardear Odessa, uma cidade estratégica e o principal porto da Ucrânia, garantiu o presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, neste domingo (6). "Estão se preparando para bombardear Odessa. Odessa!", afirmou Zelenski em uma mensagem de vídeo.
"Será um crime militar. Será um crime histórico", declarou o presidente, no momento em que o Exército russo, procedente da Crimeia anexada, continua avançando no sul da Ucrânia.
Quase 1 milhão de pessoas vivem em Odessa, um importante porto no sul da Ucrânia. A população fala ucraniano e russo, e a cidade também possui minorias búlgara e judaica.
Desde que a Rússia iniciou a invasão da Ucrânia, em 24 de fevereiro, as forças de Moscou tentam, no leste e no sul, concretizar uma continuidade territorial entre as zonas separatistas de Donbass e a já anexada Crimeia.
Um ataque a Odessa ampliaria a ofensiva mais a oeste, perto da fronteira com a Moldávia, país em que a Rússia já tem presença militar no enclave de língua russa da Transnístria.
Até o momento, apesar das sirenes de alerta, Odessa, famosa estação balneária do mar Negro, ficou relativamente à margem dos bombardeios russos. Mas como todas as grandes cidades da Ucrânia neste 11º dia da ofensiva russa, Odessa está repleta de barricadas, e sua população prepara abrigos e centros de logística para apoiar os voluntários.
"Como você vê, a cidade está vazia, todo mundo está em casa", declarou à AFP o vice-prefeito Myhailo Shmuchkovych. "Um ataque pode acontecer a qualquer momento e ninguém está preparado para algo assim, sobretudo moralmente" acrescentou.
O presidente Zelenski pediu aos russos que se manifestem contra a invasão e que escolham entre "a vida e a escravidão". "Cidadãos russos! Para vocês não é apenas uma luta pela paz na Ucrânia. É também uma luta por seu próprio país", disse.
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