Rio de Janeiro poderá liberar uso de máscara na próxima semana.

Autoridades de saúde devem se reunir com comitê científico da Prefeitura do Rio na próxima segunda-feira (7).

A reunião entre o Governo e o Comitê Científico deve acontecer na manhã da próxima segunda-feira (07). (Foto: Agência Brasil/ Arquivo Portal Hora da Notícia/ Reprodução).

Rio de Janeiro | Por Carlos André Mamedes da Silva, do Portal Hora da Notícia.
02/03/2022 - 18:35.

Com a tendência de melhora no cenário epidemiológico da Covid-19 no Rio de Janeiro, o Comitê Especial de Enfrentamento da prefeitura deve avaliar na próxima reunião a necessidade do uso de máscara de proteção em locais fechados. A informação é do secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz.

O uso de máscara em ambientes abertos não é mais obrigatório desde o final de outubro e outras medidas restritivas, como limite de ocupação de ambientes, foram retiradas em novembro, antes do aumento de contaminação pela variante Ômicron, visto em janeiro. No início do ano, não foram impostas nem revistas as medidas restritivas.

De acordo com Soranz, a reunião do comitê científico estava marcada para o dia 14, mas foi antecipada para o dia 7 a pedido do prefeito Eduardo Paes.

“Com um panorama epidemiológico mais favorável, nada mais correto do que a gente acompanhar esses dados com alteração das medidas. Claro que, se em algum momento a gente observar aumento nos casos, nas internações, a gente pode voltar com alguma medida restritiva. Mas não é o que parece. Com uma alta cobertura vacinal, a gente está vendo outros países também retirando essas medidas restritivas, aqui no Rio de Janeiro não seria diferente”, disse o secretário.

Soranz adiantou também que deve ser definido um parâmetro de cobertura da dose de reforço da vacina contra o coronavírus para que o passaporte vacinal na cidade deixe de ser obrigatório. A cobertura atual na população adulta é de 99,1% com as duas doses e 53% com o reforço.

“A gente vai definir na reunião do comitê. Mas a expectativa é que, chegando entre 70%, 80% da população adulta com dose de reforço, a gente possa retirar a cobrança do passaporte vacinal na cidade do Rio de Janeiro. A gente viu que, mesmo com as aglomerações, mesmo com o intenso fluxo de turistas, a alta cobertura vacinal segurou o aumento do número de casos graves. Mas essa proteção e essa cobertura não duram para sempre.”


Soranz advertiu que a falta da dose de reforço pode, inclusive, levar à reintrodução de variantes do novo coronavírus que já não circulam na cidade.

“A gente tem insistido muito nisso, porque pode ser uma falsa sensação de segurança achar que a gente está seguro por um período muito maior, e não estamos . Se a gente não fizer a dose de reforço, a gente poderá ter a reintrodução de uma variante que já passou, a gente poderá ter o retorno da Delta, o retorno da Ômicron, o retorno de outra variante que já saiu da predominância do quadro de variantes na cidade”, alertou.

Segundo o secretário, mesmo com as festas particulares e aglomerações que ocorreram na cidade durante o Carnaval, os números da pandemia continuam controlados e com tendência de queda no Rio de Janeiro.

“A gente viu muitas aglomerações no período de Carnaval, muitas pessoas se reunindo. A estratégia de limitar a entrada de turistas na cidade do Rio de Janeiro sem vacina funcionou. Para [o visitante] se hospedar na cidade, é obrigado a apresentar o passaporte vacinal; para ir aos principais pontos turísticos, é obrigado a apresentar o passaporte vacinal. Certamente isso desestimulou a vinda de turistas não vacinados. A gente viu que a nossa cobertura vacinal segurou o cenário epidemiológico.”

Os painéis da Covid-19 da Secretaria Municipal de Saúde não indicam aumento no número de casos graves nem de internações da doença nos últimos dias. O índice de positividade dos testes diagnósticos estava menor do que 5%, na semana passada, e caiu para 3,9%, no último fim de semana.

“A Organização Mundial de Saúde considera que abaixo de 5% a gente tem um cenário epidemiológico controlado, favorável. Isso se deve à alta cobertura vacinal na cidade do Rio de Janeiro”, explicou o secretário. Segundo ele, o município não deve reviver o aumento de casos visto no início de janeiro, pois não há uma tendência de contaminação em outras partes do mundo.

“No Réveillon a gente já estava vendo o aumento da Ômicron acontecendo em dezembro, a tendência agora se mantém de queda do número de casos. A gente já estaria vendo um momento de sintomas respiratórios nas emergências, nas unidades de saúde. A gente tem visto as unidades de urgência e emergência, os ambulatórios sem muita procura por sistemas respiratórios. Então a gente vê uma tendência de queda sustentada, apesar do aumento do fluxo de turistas e do aumento das aglomerações na cidade.”

O painel Monitor Covid-19 da Fundação Oswaldo Cruz mostra 1.822 casos novos da doença na cidade do Rio de Janeiro na segunda-feira (28), na média móvel de sete dias, com queda sustentada desde o dia 27 de janeiro, quando a média móvel chegou a 15,6 mil novos casos.

Nos óbitos, o pico deste ano ocorreu no dia 11 de fevereiro, com 44,14 mortes na média móvel, caindo para 32,29 no dia 28. As mortes pelo novo coronavírus chegaram a ficar em zero em meados de dezembro na cidade.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Shawn Mendes encanta fãs no Rock in Rio e fala sobre novos projetos em entrevista exclusiva ao Portal Hora da Notícia

Gustavo Mioto fala sobre carreira, amor e novos projetos em entrevista exclusiva após show na Expo Itaguaí 2024

Record anuncia a transmissão dos Jogos Pan-Americanos E-Sports Games Rio 2024.