"Besuntado de Tonga" não se classifica para as Olimpíadas, vira coach e carrega tocha em Paris

Atleta disputou qualificatórias no taekwondo e canoagem por Tonga, não se classifica e chega às Olimpíadas como conselheiro de atletas e para carregar chama.

Conexão Paris - 26 de julho de 2024 (Sexta-feira).
Por Carlos André e Enzo Gabriel - 18:45.
Pita Taufatofua que era figurinha carimbada nas Cerimônias de Abertura e de Encerramento, não se classificou e carregou tocha olímpica. (Reprodução/ Montagem).

Pita Taufatofua tinha outros planos para 2024. Pensava em escrever um livro, dedicar-se ao taekwondo ou até construir centros de treinamento aos mais jovens, dando uma pausa dos Jogos Olímpicos depois de perder a classificação. O atleta, contudo, está lá. E talvez não o conheça pelo nome, mas certamente pelo apelido: é o famoso "Besuntado de Tonga".

Famoso por desfilar sem camisa e banhado a óleo no Rio, Pita não se classificou para o taekwondo e canoagem - novo esporte aderido pelo atleta -, mas viajou a Paris como conselheiro e até a tocha carregou.

– A razão pela qual não pude trazer o óleo – brincou o atleta, em uma postagem, com a tocha olímpica na mão, publicada nesta sexta-feira nas redes sociais.

Pita tornou-se conhecido nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, ao desfilar besuntado de óleo e com roupas tradicionais de Tonga. Ele foi o único representante do país no taekwondo e terminou com a 11ª colocação na categoria de peso pesado.

Guarda, desde então, fixado nas principais postagens de suas redes, as marcas dessa história.

– Bilhões agora conhecem Tonga. O óleo corporal de Pita leva as redes à loucura – diz uma das manchetes de jornal publicadas pelo atleta.

Depois dos Jogos no Rio, o lutador esteve nos Jogos de Inverno de 2018, na Coreia do Sul, como esquiador de cross-country, e voltou ao tatame em Tóquio, com um desempenho melhor: sétimo colocado no taekwondo na categoria acima de 80kg. Em ambas repetiu a cena do óleo.

Para Paris, o plano inicial era disputar o taekwondo e a canoagem, esportes em que participou das qualificatórias, mas não se classificou.

– Desculpe, Paris, os cinco galões de óleo de coco extra virgem que tenho estocado devem ter que esperar – escreveu, em abril deste ano, quando soube que havia perdido a vaga.

Tinha planos, portanto, de escrever o próximo livro - o primeiro se chama “The Motivation Station” -, trabalhar no próprio negócio, "River Rocks Taekwondo", e construir instalações de treinamento para jovens atletas. Pita diz, contudo, que o espírito dos Jogos o chamou e ele não podia negar.

– Dessa vez a medalha pela qual luto é a de ser útil, estar lá pelos meus amigos atletas, ser um ouvido de apoio e voz de incentivo. Para compartilhar o que aprendi e também ouvir deles. O que estão pensando? Como estão se sentindo? Como está a saúde mental? O que motiva eles? – contou.

As Olimpíadas de Paris iniciaram com as primeiras competições, mas a abertura - momento em que Pita costumava brilhar.

Presidente do COI participou do revezamento

O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), autoridade máxima do esporte olímpico, também participou do revezamento nesta sexta-feira. Thomas Bach carregou o símbolo pela Vila Olímpica dos atletas, em Saint-Denis, na reta final do percurso.

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