Nalbert analisa derrota do Brasil no vôlei masculino: "Não identifico um time muito confiante"
Medalhista de ouro em Atenas, comentarista diz no "Ça Va Paris" que faltou lucidez à equipe brasileira nos momentos de decisão do jogo contra a Itália.
Conexão Paris - 28 de julho de 2024 (domingo)
Por Carlos André e Enzo Gabriel - 15:30.
Brasil x Itália nas Olimpíadas de Paris. (Reprodução/ Portal Hora da Notícia) |
O início negativo do Brasil no vôlei masculino nas Olimpíadas, com a derrota para a Itália, gerou repercussões pelo desempenho abaixo do esperado. No "Ça Va Paris" deste sábado, o campeão mundial Nalbert analisou a partida e disse que a falta de confiança do time como um dos principais motivos do revés. O "Ça Va Paris" irá ao ar diariamente no sportv2 até o fim dos Jogos.
— Eu não identifico um time muito confiante. Acho que no momento eles precisam se enxergar, pensar "Isso aqui é Brasil, somos o time que chegou a cinco finais consecutivas, somos muito fortes". Vejo que o Brasil em alguns momentos não está jogando como aquele time dominante e confiante de outros tempos. Isso é lavagem de roupa interna, eles têm que se juntar e voltar a ter essa confiança, porque o próximo jogo é final. Temos que pontuar de qualquer maneira — comentou o ex-jogador.
Nalbert também destacou como a equipe brasileira não soube usar da experiência que tem para controlar o jogo. Um dos critérios que dificultou a vida do Brasil foram os bloqueios. A Itália conseguiu 13 pontos através deste fundamento, muitos em sequência, enquanto os brasileiros conquistaram apenas quatro.
— A Itália é mais time. Só que em um jogo de estreia, a gente esperava que com a experiência dos jogadores e da comissão técnica, com nossa camisa e nossa tradição a gente pudesse equilibrar. Nos momentos de decisão, não tivemos a lucidez que deveríamos ter. A Itália é um time campeão mundial, mas o jogador mais velho em quadra tem 27 anos. É uma equipe muito jovem.
Ao contrário do grupo italiano, o Brasil tem média de idade de 30 anos. Além de contar com jogadores como Lucão e Bruninho, ambos com 38 anos e que estão, respectivamente, na quarta e na quinta Olimpíada.
— Outra situação para mim fica muito clara e não é só de hoje. É algo que já vem acontecendo nos últimos tempos. O Brasil tem jogado de igual para igual, mas parece que está sempre no limite das forças. Quando o jogo se torna mais longo, parece que não consegue aguentar. Falo da parte física e emocional — completou Nalbert.
O Brasil volta à quadra na próxima quarta-feira, às 4h (de Brasília), contra a forte equipe da Polônia. O grupo conta ainda com o Egito. O vôlei masculino tem três grupos de quatro equipes cada. Os dois primeiros de cada chave avançam às quartas, assim como os dois melhores terceiros colocados.
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