Tiro com arco: Marcus D'Almeida é 17º e faz sua melhor marca qualificatória nas Olimpíadas

Líder do ranking mundial, brasileiro enfrentará na eliminatória o ucraniano Mykhailo Usach, número 110 do mundo; etapa eliminatória acontece nos dias 30 de julho e 4 de agosto.

Conexão Paris - 25 de julho de 2024.
Por Carlos André e Enzo Gabriel. - 15:00
Marcus Vinicius D'Almeida é a estrela do tiro com arco masculino em Paris 2024. (Divulgação/ Portal Hora da Notícia).

Marcus Vinicius D'Almeida se sente pronto para o Olimpo. Líder do ranking mundial e esperança de medalha no Brasil, o arqueiro iniciou nesta quinta-feira a caminhada em busca do inédito ouro. Fez 673 pontos na qualificatória do tiro com arco e terminou em 17º, sua melhor marca em Jogos Olímpicos.

Agora, aguardará as disputas eliminatórias, que acontecem nos dias 30 de julho e 4 de agosto, com a disputa de medalha nesta última data. Ele começa enfrentando o ucraniano Mykhailo Usach, número 110 do mundo, às 8h18 da terça-feira.

Os pontos, agora somados aos de Ana Caetano, classificam o Brasil em 10º lugar de 16 que disputam a dupla mista.

– Não tinha outra coisa a fazer aqui, a não ser classificar a equipe, foi o que a gente fez, tanto eu, como toda equipe. Estava pensando somente nisso –.disse Marcus.

A liderança da qualificatória masculina terminou com Woojin Kim, da Coreia do Sul, que fez 686 pontos - 13 a mais que Marcus. Ele é o dono do recorde olímpico nesta fase, com 700 pontos na Rio 2016. O brasileiro e o sul-coreano podem se encontrar nas oitavas de final.

Sabe como funciona?

A competição individual inicia com 64 atletas nesta fase de qualificação, que atiram 72 flechas para somar até 720 pontos, com o centro do alvo valendo 10 em cada flecha, e determinar a classificação para a fase de confrontos diretos.

A chave eliminatória é formada com o melhor atleta enfrentando o 64º colocado e assim por diante.

No caso de Marcus… O arqueiro disputou nesta quinta justamente a fase de qualificação. Fez 673 pontos, acertando sete flechas bem no centro do alvo.

– Deu para sentir que o vento aqui é muito de frente e de trás. Então, vou tentar me atentar mais a isso, só isso que eu tenho para trabalhar, para os combates. Realmente o povo que está lá fez muito mais ponto do que quem está nessa ponta aqui. Não sei se lá está protegido ou algo assim. Mas não estou aqui para lamentar, não estou procurando quem eu vou contra – afirmou.

Marcus começou equilibrado, cresceu até atingir o 11º lugar no início e caiu de rendimento, indo a 20º lugar no fim da primeira metade do ranqueamento. Fez 336 pontos de 360 possíveis nesta parte.

No início da segunda metade, porém, reagiu e pulou para 17º depois de 54 flechas, mantendo-se na posição até as 60 flechas, quando caiu novamente para 20º lugar. E na rodada, com as últimas seis flechas, recuperou a 17ª posição.

– O meu classificatório em si não considero ruim, estou feliz com a minha performance. Tenho tempo nesta semana para treinar. A previsão é de esquentar e o vento tende a estabilizar, dar uma acalmada. Mas também não dá para prever. De qualquer forma, tiro como ponto positivo o fato de sempre ter ficado ali perto do centro do alvo, entre 10 e 9 (pontos) – disse, acrescentando a preferência pela fase eliminatória.

– Ali no combate são poucos tiros. É quando temos a pressão de verdade, a parte que eu gosto. Se você está com alguma dúvida, isso pode atrapalhar. Hoje, dei tiros conscientes, sabia o que estava fazendo. Tive esse problema de ventos altos e baixos, que foi pequeno. Estou tranquilo e vamos para as próximas – concluiu.

Na Rio 2016, ele somou 658 pontos e terminou no 34º lugar. Nas eliminatórias, porém, caiu na primeira fase, terminando em 33º.

Na edição seguinte, Tóquio 2020, terminou em 40º lugar na qualificação e chegou às oitavas, sendo o melhor resultado de um arqueiro brasileiro na história do tiro com arco nos Jogos. Foi 9º colocado no fim.

E agora?

Agora, os atletas competem em pares, lado a lado, por cinco sets com três flechas em cada. E esses confrontos foram definidos de acordo com as pontuações na qualificatória.

O arqueiro com maior pontuação no final de cada set ganha dois pontos. O primeiro a atingir seis pontos (ou seja, vencer três sets) vence a partida e avança. Se no final de cinco sets houver um empate, um único tiro de desempate é realizado. O atleta mais próximo do centro X vence.

Agenda das eliminatórias

8h18 - 1ª Fase Eliminatória - Rodada de 32 – Marcus D’Almeida x Mykhailo Usach (UCR)

30 de julho: 32 avos de final e 16 avos de final

4 de agosto: Oitavas de final, quartas, semifinais e final em disputa pela medalha

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