Pan 2023: Brasil sofre, mas vence México na marra e vai à final no vôlei

Seleção feminina supera rivais no tie-break e vai enfrentar a República Dominicana pelo ouro.

Seleção Brasileira festeja ponto contra a seleção do México. (Divulgação/ HDN no Chile).

HDN nos Jogos Pan-Americanos Santiago 2023 - Enzo Gabriel e Ana Beatriz, direto do Centro de Imprensa, em Santiago.
26/10/2023 - 16:30.

A vaga na final, que parecia tão certa, por um momento se mostrou distante. A segurança dos outros jogos se perdeu. Diante do México, de um ensandecido técnico Nicola Negro, o Brasil sofreu como ainda não havia sofrido nos Jogos Pan-Americanos de Santiago. Mas, na marra, soube reagir. Em 3 sets a 2, parciais 25/17, 22/25, 27/25, 22/25 e 15/13, a equipe garantiu a classificação para a decisão e vai buscar um ouro que não vem desde Guadalajara 2011.

Na final, o Brasil vai encontrar um velho conhecido. O brasileiro Marcos Kwiek é o técnico da República Dominicana. O treinador vai tentar levar sua equipe ao segundo título seguido em Jogos Pan-Americanos – foram campeões em Lima 2019. As duas seleções se enfrentam nesta quinta-feira, às 20h.

É bom lembrar que o Brasil joga o Pan com um time misto em Santiago. Nomes da seleção principal, como Naiane, Maiara e Lorena, se juntaram a jovens revelações, como Helena e Larissa. Destaques na Superliga, como Sabrina e Laís, também ganharam chances sob o comando de Paulo Coco.

Sabrina foi o grande destaque do time. Saiu com 24 pontos e foi fundamental para que o Brasil chegasse à vitória, apesar de alguns momentos de instabilidade, como toda a equipe. Tainara, que entrou na ponta, e a jovem Luzia, além de Naiane, também se destacaram. Pelo México, Rivera, com 16 pontos, e Castro, com 14, deram muito trabalho à seleção de Paulo Coco

1° set - Brasil domina e sai na frente

Naiane deixou a bola à medida para Sabrina soltar o braço e abrir o placar. A oposta, destaque do time na competição até aqui, somou o segundo logo na sequência. O Brasil chegou a abrir uma boa vantagem, mas dois erros seguidos fizeram o México deixar tudo igual em 7/7. Foi só um susto. Logo a seleção brasileira voltou a descolar no placar ao marcar 10/7 com Maiara Basso. Nicola Negro, então, pediu tempo.

O Brasil cresceu. Com muita tranquilidade, para o desespero do técnico Nicola Negro, a seleção disparou. Lorena, sozinha junto à rede, abriu 20/12. As mexicanas até tentaram buscar uma reação que não viria. No bloqueio de Larissa sobre Rivera, 25/17 e fim de primeiro set.

2° set - México reage e deixa tudo igual

O México conseguiu equilibrar as ações na volta à quadra. Tanto que tomou a dianteira no placar pela primeira vez em um ponto de Topete: 3/2. O Brasil voltou à frente, mas permitiu que as rivais deixassem tudo igual mais uma vez com Rivera. No ace de Urias, as mexicanas ficaram em vantagem: 7/6. Já não era simples. Mais à frente, o México chegou à maior vantagem àquela altura em um ace de Angel: 13/11. Paulo Coco, então, pediu tempo.

Mas o México continuou melhor. Abriu 18/16 e jogou a pressão para o lado brasileiro. A seleção tinha dificuldades. Mas Naiane, com um levantamento de uma só mão, deixou Lorena livre para empatar em 19/19. O México voltou a abrir e marcou 22/19. O Brasil encostou, mas as mexicanas somaram dois set points. No desafio e sob os protestos de Nicola Negro, o ponto que manteria a seleção brasileira viva passou para o lado de lá e determinou o primeiro set perdido do Brasil na competição: 25/22.

3° set - Brasil salva set points e volta à frente

A parcial começou logo com um pedido de desafio. A longa espera abriu espaço para que Nicola Negro voltasse a fazer seu show à beira da quadra e recebesse o cartão amarelo em resposta. As dificuldades ainda estava todas ali. O México se aproveitou e abriu 6/3 naquele início. Paulo Coco, então, parou o jogo. Nada parecia funcionar. Irreconhecível, o Brasil viu as rivais abrirem 10/5.

Era difícil entender o porquê. Soltas, as mexicanas deixaram as brasileiras sob pressão. Na largadinha de Rivera, 14/8. Tainara, que já havia entrado em quadra, assim como Luzia, fez o Brasil diminuir a diferença para três pontos com um ace: 14/11. Nicola Negro, então, pediu tempo. Na marra, o Brasil foi buscar. Sabrina, que não estava bem àquela altura, fez o placar marcar 18/18 em um belo bloqueio. O México voltou a abrir, mas a seleção brasileira buscou mais uma vez. Salvou dois set points e empatou em 24/24. A virada veio com Sabrina. Ao explorar o bloqueio, marcou 26/25. E foi a própria oposta quem deu fim ao set ao confirmar sua própria reação: 27/25.

4° set - México volta à briga e força o tie-break

O Brasil voltou à quadra ainda com Luzia e Tainara em quadra. E deu certo. Em dois pontos seguidos da ponteira/oposta, a seleção abriu 3/0. Nicola Negro, então, pediu tempo. O México teve condições de reagir. Diante das dificuldades da seleção em virar a bola, as rivais marcaram 11/8. O Brasil, porém, foi buscar. Luzia, no ace, marcou 12/12.

Mas o caminho se manteve difícil. As mexicanas voltaram à dianteira, mas Sabrina, na marra, voltou a deixar tudo igual: 17/17. No erro das rivais, a seleção conseguiu retomar a frente logo em seguida. Nenhuma vantagem, porém, era firme. O México abriu 22/20 na reta final, e Paulo Coco pediu tempo. Não funcionou. Topete soltou o braço para fechar a parcial e forçar o tie-break: 25/22.

5° set - Brasil se impõe e vai à final

O equilíbrio se manteve. Por um momento, o Brasil chegou a abrir dois pontos. Dois erros seguidos, porém, fizeram o México igualar. As rivais passaram à frente no ace de Topete. Ainda que instável, Sabrina era a saída brasileira em busca da final. Na pancada dela, 10/9. Tainara, em belo bloqueio, marcou 12/10. Nicola Negro pediu tempo. Não funcionou. No bloqueio de Lorena, 14/10. As mexicanas ainda emendaram três pontos seguidos para dar ainda mais drama à noite. Paulo Coco pediu tempo e tentou organizar a casa. A vaga na final, enfim, veio em um saque para fora de Angel. No sofrimento, 14/13.

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