Rebeca Andrade lidera Brasil à prata por equipes no Pan-Americano

Campeã olímpica estreia com medalha nos Jogos e se classifica para três finais por aparelhos. Flavinha, Jade e Júlia também avançam às disputas individuais por medalhas.

Rebeca Andrade se destaca no segundo dia de Pan, veja mais detalhes. (Divulgação/ HDN no Chile).

Portal Hora da Notícia nos Jogos Pan-Americanos Santiago - Enzo Gabriel e Ana Beatriz, direto da Vila Pan-Americana, em Santiago.
22/10/2023 - 21:30.

Rebeca Andrade estreou com uma medalha de prata nos Jogos Pan-Americanos. Neste domingo, a campeã olímpica liderou o Brasil ao pódio por equipes em Santiago, embora tenha sido poupado do solo. Flávia Saraiva, Jade Barbosa, Júlia Soares e Carolyne Pedro completaram o grupo que igualou o melhor resultado do país no Pan - havia sido prata no Rio 2007. O ouro ficou com os Estados Unidos, e o Canadá levou o bronze.
Carolyne Pedro, Júlia Soares, Rebeca Andrade, Jade Barbosa e Flávia Saraiva integram o time de Ginástica Artística do Brasil. (Reprodução/ COB).

As brasileiras fecharam a competição e sabiam que precisariam de uma prova perto da perfeição para passar os 165,196 pontos que os Estados Unidos haviam feito mais cedo. Embora sem seu time A e Simone Biles, as americanas ainda contaram com as medalhistas mundiais Jordan Chiles e Kayla DiCello. O Brasil começou bem no solo e no salto, mas sofreu quedas nas barras e teve alguns desequilíbrios na trave, somando 161,564 pontos. O Canadá levou o bronze com 154,230 pontos.

- Dezesseis anos depois do meu primeiro Pan, é uma benção estar aqui. Nos tivemos alguns erros e a competição de equipes é assim. Na paralela tivemos alguns erros. A gente veio de uma preparação muito grande para o Mundial. E paralela hoje foi difícil - disse Jade
Rebeca Andrade durante a prova deste domingo (22) no Pan. (Divulgação/ HDN no Chile).

Brasileiras avançam às finais individuais

Sem se apresentar no solo, Rebeca Andrade ficou fora da disputa do aparelho e do individual geral, provas em que é a atual vice-campeã mundial. Ela fez bem seu papel nos outros três aparelhos e avançou para as decisões. Foi a líder do salto com média 14,816 pontos. Avançou na segunda posição nas barras assimétricas (14,300) e na trave (13,566).

Flavinha se classificou para quatro finais. Somou 54,466 nos quatro aparelhos para ser a terceira melhor do individual geral. Tem a quarta melhor nota entre as finalistas das barras (13,633) e a terceira na trave (13,433) e no solo (13,400).

Jade Barbosa volta a uma final dos Jogos Pan-Americanos no individual geral. Somando 50,666 pontos, tem a sétima melhor nota entre as finalistas. Júlia Soares se classificou para a final do solo, com 13,400 pontos e a quarta colocação.

Prova a prova

Solo

Destaque no solo do Mundial da Antuérpia, o Brasil poupou Rebeca Andrade, vice-campeã mundial do aparelho. Flavinha, bronze no solo do Mundial, simplificou um pouco sua série, mas ainda conseguiu 13,400 mesmo pisando fora do tablado em na terceira acrobacia. Júlia e Jade praticamente cravaram suas séries e tiraram respectivamente 13,400 e 13,333. Carol tirou 12,300 pontos, nota descartada no somatório da equipe. Com 40,133 pontos no solo, o Brasil ficou meio ponto atrás dos Estados Unidos no aparelho.

Salto

Rebeca estreou no salto. Campeã olímpica e bi mundial do aparelho, a ginasta deu um show. Praticamente cravou seu Cheng para somar 15,100 pontos para a equipe. Ainda fez um Yurchenko com dupla pirueta para tirar 14,533 e ficar com média 14.816, liderando com sobras o aparelho. Flavinha e Jade também acertaram o Yurchenko com dupla pirueta e conseguiram respectivamente 14,000 e 13,800. O salto de 12,766 pontos de Carol foi a nota de descarte. Com 42,900 pontos no salto, o Brasil foi quase quatro décimos melhor que os Estados Unidos.

Barras assimétricas

Falhas nas barras tiraram o ouro inédito do alcance do Brasil. Carol sofreu uma queda em uma largada e retomada (10,400 pontos). Jade teve problemas na saída do aparelho (10,933). Flavinha e Rebeca acertaram suas séries e tiraram respectivamente 13,633 e 14,300. Somando 38,866 nas barras, o Brasil ficou 3,8 pontos atrás das americanas no aparelho.

Trave

Alguns desequilíbrios tiraram o potencial máximo do Brasil na trave, mas não ameaçaram a segunda posição. Júlia (12,666) e Jade (12,600) foram as primeiras a se apresentarem. Flavinha passou bem pelo aparelho (13,433) e Rebeca Andrade fechou com 13,566. Somando 39,665 pontos na trave, o Brasil ainda foi três décimos melhor que as americanas no aparelho, mas não foi o suficiente para compensar as quedas nas barras.

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